No Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, uma revolta recente trouxe à tona questões sobre as condições de vida das detentas do Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira. Sete mulheres decidiram protestar ateando fogo em colchões, num movimento desesperado por melhores condições. A situação foi rapidamente controlada pelo Grupamento de Intervenção Tática, sem registro de feridos, mas o ato chama atenção para um problema recorrente nos presídios brasileiros: a qualidade da alimentação oferecida.
Mas o que levou a essa explosão de revolta e como as autoridades estão lidando com a situação? Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, a origem do motim foi a insatisfação das detentas com a comida. Enquanto a fumaça do protesto se esvaía, as autoridades tentavam resolver a questão, enviando uma nutricionista e representantes da empresa responsável pela alimentação para avaliar a situação nas celas.
Por que as internas protestaram?
O ponto chave que desencadeou o motim foi a qualidade da comida. Quando o alimento oferecido não atende aos níveis básicos de qualidade esperados, o protesto emerge como uma das poucas vozes de resistência ao descontentamento vivido dentro dos muros da prisão.
O que aconteceu com as rebeldes?
Após a contenção do motim, as responsabilidades não tardaram a ser apuradas. Sete internas foram identificadas como participantes e para algumas, a punição veio em forma de transferência. Quatro mulheres foram colocadas em isolamento na Penitenciária Feminina Talavera Bruce, enquanto outras três foram encaminhadas para um local ainda mais rígido: o presídio de segurança máxima Bangu 1, também no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Qual é a realidade de Bangu 1?
Bangu 1 não é apenas uma prisão qualquer. É conhecida por sua rigidez e por abrigar presos de alta periculosidade. Sua estrutura é composta por quatro galerias, com 12 celas individuais em cada, estrategicamente divididas para separação de facções criminosas como milícia e Comando Vermelho. O isolamento das detentas, portanto, não só visa controlar a situação, mas também evitar que o descontentamento se espalhe entre outras internas.
Medidas corretivas estão sendo tomadas?
De olho na raiz do problema, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária mobilizou esforços para verificar a qualidade da comida, despachando um grupo para averiguar pessoalmente as condições das refeições servidas. Mas a questão que fica é: essas medidas serão suficientes para evitar novos protestos no futuro?
Com informações da Agência Brasil