No Rio de Janeiro, um movimento ousado e necessário está em curso na administração penitenciária. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) está implementando uma tecnologia avançada para bloquear sinais de telefonia móvel, Wi-Fi e drones nas unidades prisionais do estado. Este passo é visto como fundamental para enfraquecer a comunicação clandestina, frequentemente utilizada por grupos organizados para articular crimes de dentro das prisões.
O governador Cláudio Castro ressaltou a importância dessa inovação, afirmando que "com esse investimento, reafirmamos nosso compromisso com o fortalecimento da segurança pública, aliando tecnologia e gestão no enfrentamento ao crime organizado, impedindo que presos mantenham contato com o mundo externo para articular crimes".
Como essa tecnologia vai funcionar nas prisões do Rio?
A solução tecnológica faz uso de dispositivos conhecidos como jammers, que são capazes de bloquear todos os tipos de frequência. Antenas direcionais são estrategicamente posicionadas no perímetro das unidades prisionais, criando uma barreira controlada que impede a comunicação por celulares, Wi-Fi e drones.
Qual foi o processo de contratação da tecnologia?
A contratação ocorreu por meio de licitação pública, dividida em cinco lotes regionais, com a participação de seis empresas. A IMC Tecnologia saiu vitoriosa em todos os lotes ao oferecer o melhor preço entre as qualificadas. Com a assinatura do contrato e publicação no Diário Oficial, a Seap determinou que a empresa inicie os trabalhos dentro de dez dias úteis, com um cronograma de até 45 dias por unidade ou 60 dias para implantações triplicadas.
Quais são os desafios para a implantação desse sistema inovador?
O grande desafio no Rio de Janeiro é estabelecer o sistema sem prejudicar os moradores próximos às áreas prisionais, que ficam em zonas urbanas. "Ao contrário do que ocorre em outros estados, no Rio de Janeiro o complexo prisional fica em área urbana, próximo a residências cujos moradores não podem, obviamente, ser impactados pelo bloqueio de sinal. Fomos atrás do que há de mais moderno nesse tipo de tecnologia, de forma que o bloqueio só aconteça dentro das unidades prisionais", afirmou a secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel.
Com informações da Agência Brasil