Já imaginou um turismo onde a inclusão e a diversidade estão no centro das atenções? O afroturismo surge como um segmento promissor nesse sentido, e acaba de ganhar um importante aliado. Na última terça-feira (9), foi lançado um guia prático visando à igualdade racial no turismo, fruto de uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF). Durante o evento realizado em Salvador (BA), foram discutidas várias formas de como esse novo guia pode transformar o mercado turístico.
Marcado por sua simplicidade e objetividade, o documento propõe experiências que não só celebram a cultura negra, mas também são conduzidas por protagonistas negros. Imagine um passeio onde cada detalhe foi pensado para refletir a cultura, identidade e ancestralidade afro-brasileira. Pois bem, é exatamente esse o foco desse guia que promete revolucionar o setor.
O que é o afroturismo?
O afroturismo é mais que um conceito: é um movimento que busca incluir e empoderar. Valorizando a cultura, história e identidade negras, ele propõe gerar impacto econômico e social, seguindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A ideia é promover um turismo que não só acolha, mas também empodere comunidades locais, valorizando suas tradições e cultura.
Como surge o guia de igualdade racial no turismo?
De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a promoção da igualdade racial não apenas alinha-se à justiça social, mas é também uma estratégica para tornar o Brasil um líder global no segmento. "Ao criarmos ambientes verdadeiramente inclusivos e seguros, estamos qualificando nossos destinos e posicionando o Brasil como líder global no afroturismo, segmento com enorme potencial de crescimento que valoriza nossa maior riqueza: a diversidade cultural", declarou.
Quais orientações o guia oferece?
O guia é como um mapa para construir um turismo mais inclusivo e justo, e oferece diversas diretrizes práticas:
- Revisão de vagas de emprego para evitar linguagens excludentes.
- Ampliação da divulgação em redes comunitárias negras.
- Criar painéis de entrevistadores diversos.
- Formação contínua da equipe em letramento racial.
- Criação de materiais de divulgação que representem positivamente a diversidade.
Qual o impacto do guia no Brasil e no mundo?
Segundo a coordenadora de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur, Tania Neres, esta publicação materializa o compromisso da Embratur em fomentar um turismo que reflita a diversidade do país. E para Eddi Marcelin, diretor de Diversidade da CAF, o afroturismo ajuda não só a celebrar a memória e a identidade, como também a gerar impacto econômico positivo ao dar protagonismo à cultura negra. "Com esse guia, seguimos fortalecendo o ecossistema que tem como protagonistas as pessoas negras, gerando impacto econômico ao mesmo tempo em que se celebra a memória e o orgulho", destacou.
Se você ainda não conhece o afroturismo, esse é o momento perfeito para explorar um novo mundo de possibilidades e ajudar a construir um turismo mais justo e inclusivo. Saiba mais sobre o guia aqui.
Com informações da Agência Brasil