Imagine uma cidade mais sustentável, onde a tecnologia e as energias renováveis se unem para trazer economia e benefícios para todos. Essa é a visão por trás de um projeto inovador em Belém, que promete economizar R$ 1,1 milhão por ano. O segredo? A instalação de painéis solares em unidades de saúde e escolas municipais, uma iniciativa que já está saindo do papel, graças a uma parceria com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
Acordos como estes não costumam sair do papel sem custos para a prefeitura. No entanto, desta vez, a história é diferente: a Acnur vai fornecer, instalar e manter os painéis solares em locais estratégicos, incluindo as unidades de saúde da família Guamá e as escolas municipais Pedro Demo e Helder Fialho, localizadas no distrito de Outeiro. Mas o que isso realmente significa para Belém e seus habitantes?
Qual a importância dos painéis solares para Belém?
A economia gerada com a instalação dos painéis solares não é o único ganho para Belém. Segundo o prefeito Igor Normando, essa parceria representa um passo significativo para "gerar economia aos cofres públicos, promover a sustentabilidade e contribuir para a preservação do nosso clima." Dessa forma, não apenas o bolso dos contribuintes agradece, mas também o meio ambiente, que se beneficia de melhorias como estas.
Por que essas unidades de saúde e escolas foram escolhidas?
As unidades escolhidas possuem um papel vital em suas comunidades. A unidade de saúde Guamá, por exemplo, está entre as que mais consomem energia elétrica devido ao alto número de atendimentos. Já as escolas no distrito de Outeiro têm a missão crucial de incluir e acolher refugiados venezuelanos da comunidade indígena Warao, que buscam refúgio no Brasil. A decisão, portanto, também foca em atender populações em situação de vulnerabilidade energética.
Quem são os indígenas Warao?
Os Warao são uma comunidade indígena que enfrenta desafios significativos. De acordo com um artigo da Os Warao no Brasil, publicado anteriormente, existiam pouco mais de 7 mil indígenas Warao no Brasil, dos quais cerca de 800 estão na região metropolitana de Belém. A cidade tornou-se tanto um ponto de passagem quanto um destino.
Como a parceria beneficia a comunidade local?
A parceria firmada com a Acnur significa a formalização de um acordo que promove a cooperação técnica entre a entidade e os órgãos municipais de Belém. Entre os principais objetivos, destaca-se a promoção de ações conjuntas para proteção e assistência de refugiados e pessoas em situação de vulnerabilidade. Essa iniciativa visa proporcionar a inclusão por meio de acesso a documentos, trabalho e renda, fortalecendo a coesão social da região.
Como a Acnur está envolvida em questões climáticas?
A Acnur não está apenas apoiando este projeto em Belém; a entidade reafirma seu compromisso com questões climáticas inclusive no plano internacional. O representante Davide Torzilli mencionou a presença da Acnur na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) que ocorrerá em Belém. Ele ressalta a importância de incluir refugiados nos debates de justiça climática, enfatizando que sua inclusão fortalece serviços públicos e beneficia toda a comunidade.
Certamente, este é apenas o começo de uma transformação onde sociedade, economia e meio ambiente convergem para resultados mais inclusivos e sustentáveis.
Com informações da Agência Brasil