Imagine se você pudesse desvendar o mistério de vida além da Terra. Foi exatamente isso que a NASA pode ter feito com a missão do rover Perseverance em Marte. A descoberta de possíveis bioassinaturas em uma rocha na cratera de Jezero tem alimentado debates na comunidade científica e gerado expectativas sobre encontrar vida em outro planeta. Mas quais são os desafios e as descobertas por trás dessa jornada incrível? Acompanhe esse artigo para saber mais.
No dia 10 de setembro, a NASA deixou a comunidade científica em êxtase ao anunciar possíveis sinais de vida em Marte. A descoberta feita pelo Perseverance ocorreu numa região que outrora abrigou rios e lagos. Seria essa a prova de que há vida fora da Terra? Ou apenas um interessante processo químico? Vamos explorar.
O que o Perseverance descobriu em Marte?
A descoberta feita pelo Perseverance centra-se em uma rocha denominada Chevaya Falls, que apresentou sinais semelhantes aos de microfósseis, após uma análise. Esses microfósseis poderiam ser remanescentes de organismos que se alimentaram de material orgânico. Contudo, há um ponto de cautela: esse sinal pode também ter origem em processos químicos, sem qualquer ligação com a vida.
Os resultados, após a publicação na revista Nature, ganharam legitimidade, mas permanecem inconclusivos, conforme destaca a astrônoma brasileira Rosaly Lopes. "Para uma análise aprofundada e demonstração de que há vida, precisamos trazer a amostra de volta para a Terra", afirma ela.
Quais são os próximos passos da NASA para confirmar vida em Marte?
Confirmar a existência de vida em Marte é um desafio que passa por fatores complexos, que dependem de tempo, orçamento e avanços tecnológicos. Como explica o administrador da NASA, Sean Duffy, trazer as amostras de volta é crucial, mas ainda demanda planejamento e investimentos robustos.
Planeta Marte em foto do telescópio espacial Hubble da Nasa - NASA/Direitos reservados
Como as descobertas em Marte impactam a corrida espacial?
A descoberta levanta uma importante questão na corrida espacial: estamos sós no universo? Esta corrida ganhou novos competidores, incluindo China, Índia e Rússia. Estas nações buscam desvendar o que existe além de nossa atmosfera.
A astrônoma Rosaly Lopes, que trabalha na NASA há mais de 30 anos, é entusiasta dessas explorações, destacando a importância de investigar evidências de vida tanto em Marte quanto em outros corpos celestes do Sistema Solar.
Quais são as outras missões que a NASA está planejando?
A NASA já se prepara para futuras missões. A Dragonfly será enviada a Titã, uma lua de Saturno, onde buscará sinais de vida com o auxílio de um robusto laboratório aéreo em forma de drone. Outro grande projeto é a missão Psyque, dedicada a explorar asteroides e objetos interestelares, sempre em busca de novos conhecimentos sobre nosso universo.
Cientista da Nasa, a brasileira Rosaly Lopes fala sobre futuras missões espaciais - Rosaly Lopes/Arquivo pessoal
Por que o supertelescópio James Webb é tão importante?
Lançado em 2021, o supertelescópio James Webb tem proporcionado imagens sem precedentes do universo, agradando até os críticos que haviam questionado seu orçamento. Suas descobertas ampliam as fronteiras do conhecimento humano, tornando-se um investimento que já colhe frutos surpreendentes na ciência.
Clique aqui e leia mais sobre o supertelescópio James Webb
Com informações da Agência Brasil