Hoje é um dia especial em Brasília. Começa a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), um evento que promete ser um marco na luta pela igualdade de gênero no Brasil. Com o tema "Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas", a conferência visa reunir cerca de 4 mil participantes, incluindo delegadas, convidadas e representantes da sociedade civil. O evento, que vai até quarta-feira, é uma iniciativa do Ministério das Mulheres (MMulheres) e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), trazendo importantes debates para a promoção dos direitos das mulheres no país.
Após quase uma década de espera, essa conferência busca retomar o diálogo social com foco em questões cruciais como igualdade social, combate à violência e autonomia econômica para as mulheres. Este espaço de discussão é visto como essencial para a construção de políticas públicas mais equitativas. Mas, afinal, o que podemos esperar de uma conferência tão robusta? Prepare-se para descobrir como esse evento pode impactar as políticas para mulheres no Brasil.
Por que a conferência é um marco na luta pelas mulheres?
A etapa nacional da 5ª CNPM vem como resultado de uma série de mobilizações que ocorreram por todo o país desde abril deste ano. As discussões prometem envolver desigualdades sociais, econômicas e raciais, além de abordar o aumento de mulheres em espaços de poder, a saúde, educação e direitos reprodutivos. Em resumo, é um verdadeiro reflexo das necessidades e aspirações das mulheres brasileiras.
Saiba todos os temas debatidos durante a conferência, com propostas elaboradas nas etapas preparatórias, abordando questões diversas e essenciais para mulheres de todo o Brasil.
Quais são os grandes desafios e expectativas atuais?
Em entrevista à Agência Brasil, a ministra Márcia Lopes destacou a importância desta conferência após quase uma década de interrupção nas reuniões nacionais de políticas públicas para mulheres. Márcia ressaltou que a ausência de conferências nos últimos anos privou as mulheres de um espaço fundamental de diálogo, mas agora, com a criação do Ministério das Mulheres em 2023, há uma renovação da esperança e da luta feminina.
"Vamos ter um contexto muito otimista para as mulheres ocuparem esse espaço tão importante. Um espaço de luta, de esperança, de visão do futuro", afirma Márcia, destacando que as conferências municipais e estaduais vêm servindo como preparação para este grande encontro.
Como as propostas da conferência são construídas e por que são relevantes?
A construção do evento não foi simples. Envolveu quase mil conferências livres, com diversos grupos se organizando em torno de seus próprios interesses. Entre essas conferências, destacaram-se mulheres jornalistas, idosas, com deficiência, negras, quilombolas e LGBTs, permitindo uma ampla representação para trazer um reflexo real das necessidades das mulheres brasileiras.
A ministra Márcia Lopes acredita que essa multiplicidade de vozes na 5ª CNPM é a chave para implementar políticas públicas eficazes, de acordo com as demandas mais urgentes e a diversificada realidade das mulheres no Brasil. Trata-se de fortalecer um projeto de nação que reconheça e respeite a diversidade feminina.
Quais são as expectativas para um futuro mais igualitário?
Com a realização da 5ª CNPM, espera-se construir um novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, um elemento estratégico para continuar avançando rumo a uma sociedade mais justa e igualitária. Este plano deve ser finalizado através da abordagem coletiva e com base em uma ampla variedade de propostas, refletindo a pluralidade das mulheres que compõem o Brasil.
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Programação e atividades da conferência
Marcada para começar às 10h no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), a abertura oficial contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra das Mulheres Márcia Lopes, entre outras autoridades. Durante os três dias de evento, os participantes poderão desfrutar de painéis temáticos, espaços de diálogo, atividades culturais, feira de economia solidária e ações voltadas à justiça climática e de gênero.
Mobilização nacional pela igualdade
Diante de um cenário que busca a igualdade efetiva, o Ministério das Mulheres informa que mais de 156 mil mulheres participaram das conferências municipais, regionais, estaduais e livres. Um total de 3.831 representantes se credenciaram para este encontro nacional, um número que por si só já demonstra a magnitude e a importância desta conferência.
Com informações da Agência Brasil