Você sabia que o turismo no Brasil continua ganhando força? Em 2024, os brasileiros gastaram R$ 22,8 bilhões com viagens nacionais que incluíram pelo menos uma noite fora. Isso representa um crescimento de 11,7% em relação ao ano anterior, mostrando que o turismo brasileiro está se consolidando cada vez mais após os impactos da pandemia.
No ano anterior, 2023, o gasto foi de R$ 20,4 milhões, destacando uma recuperação significativa de 77,7% frente aos dados de 2021. Toda essa informação é parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em uma parceria com o Ministério do Turismo.
Por que o número de viagens não aumentou em 2024?
Interessante observar que, apesar do aumento nos gastos, o número de viagens permaneceu estável em 20,6 milhões. O que aconteceu? De acordo com o analista William Kratochwill, a explicação vem do custo das viagens. As pessoas estão investindo mais em cada viagem, talvez optando por destinos mais longos ou outras modalidades que aumentam o custo por pessoa.
Quais são os destinos com maior gasto?
O gasto médio por viagem em 2024 foi de R$ 1.843, acima dos anos anteriores, e o Nordeste liderou os gastos com uma média de R$ 2.523 por viagem. É interessante ver que estados como Alagoas, Ceará e Bahia se destacaram, com despesas médicas que chegam a R$ 3.790 em Alagoas.
Quem mais gasta em viagens nacionais?
Quando analisamos a origem das viagens, o Distrito Federal aparece no topo com gastos médios de R$ 3.090 por viagem. São Paulo também está entre os líderes. A razão? O Distrito Federal tem a maior renda per capita do país, o que influencia diretamente no quanto se pode gastar em viagens.
Como a renda afeta as viagens?
A pesquisa revela que lares com renda mais alta gastam mais em viagens. Famílias com renda de quatro salários mínimos ou mais gastam cerca de R$ 3.032, enquanto as de renda mais baixa gastam R$ 802. Interessante notar que 39,2% das pessoas que não viajaram mencionaram a falta de dinheiro como principal razão.
No entanto, entre as famílias com renda acima de dois salários mínimos, a falta de tempo foi o principal empecilho para viagens.
Quais destinos os brasileiros estão escolhendo?
Das viagens feitas, 96,7% ficaram dentro de território nacional. As viagens mais frequentes têm até cinco pernoites, e 80,9% aconteceram dentro da mesma região. Essa tendência reforça a valorização do turismo local.
Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília - Foto: Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil
Com esses números e tendências, podemos perceber que o turismo interno está se adaptando aos novos tempos, mas ainda há espaço para crescer, especialmente se considerarmos as barreiras financeiras que uma parcela significativa da população enfrenta. Portanto, entender essas dinâmicas pode ajudar a traçar estratégias que facilitem o acesso de todos à maravilha que o turismo brasileiro tem a oferecer.
Com informações da Agência Brasil