O uso abusivo de álcool e outras drogas em territórios indígenas tem gerado preocupações crescentes. Esse tema sensível está em foco em uma oficina promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a Fiocruz Brasília. A oficina, que ocorre até quinta-feira (9), visa abrir um canal de diálogo e conhecimento entre lideranças indígenas e profissionais de saúde.
A oficina tem como principal objetivo fortalecer a integração entre os saberes tradicionais indígenas e as políticas públicas de cuidado. Ao promover esse encontro, a expectativa é de que surjam diretrizes práticas que ajudem a combater o uso abusivo de substâncias entre os povos indígenas. E como isso está sendo feito?
Como os profissionais de saúde estão se unindo às lideranças indígenas?
Profissionais atuantes como Referências Técnicas dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, além de especialistas em medicinas indígenas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, estão participando ativamente. Esse intercâmbio é crucial para criar um espaço de troca e aprendizado que respeite as medicinas tradicionais indígenas enquanto integra novas abordagens de cuidado.
Quais são as novas diretrizes para o combate ao uso de drogas?
A principal proposta desta iniciativa é construir diretrizes e metodologias inovadoras de cuidado, voltadas diretamente para enfrentar o uso abusivo de álcool e outras drogas. A ideia é melhorar o funcionamento dos Centros de Acesso a Direitos e Inclusão Social (Cais) - Povos Indígenas, proporcionando uma rede de suporte mais eficiente.
Onde já existem iniciativas implementadas?
Tabatinga (AM) sedia o primeiro dos Centros de Acesso a Direitos e Inclusão Social. Localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, um local que sofre severamente com o impacto do tráfico de drogas entre a população indígena, esse centro já está em pleno funcionamento.
O que os Centros de Acesso (Cais) oferecem à comunidade indígena?
Os Cais são fundamentais para garantir o acesso a direitos, promover a inclusão social e incentivar a cidadania de pessoas em situações de vulnerabilidade, especialmente aquelas que lidam com questões de uso de drogas. Esses centros buscam ser um farol de esperança e apoio, oferecendo recursos e suporte em comunidades indígenas diretamente afetadas.
Com informações da Agência Brasil