Nos últimos anos, a Amazônia Legal tem sido palco de avanços significativos no combate ao desmatamento. Com uma redução de 11,08% entre agosto de 2024 e julho de 2025, a área desflorestada alcançou o terceiro menor índice desde o início das medições em 1988, totalizando quase 5,8 mil km². Os dados, apresentados nesta quinta-feira pelo Ministério do Meio Ambiente, sublinham um momento crucial em que preservação e sustentabilidade se destacam no cenário nacional e internacional.
Os resultados são fruto do monitoramento do Prodes, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que aponta esse como o terceiro ano consecutivo de queda nos índices de desmatamento. Sob a liderança de Marina Silva, desde o início do governo Lula, observa-se uma expressiva redução de 50% comparada ao ano de 2022.
Como essa redução impactou o meio ambiente?
Além de reduzir significativamente a área desmatada, esse esforço conjunto evitou a emissão de cerca de 734 milhões de toneladas de CO2. Para se ter uma ideia, esse número corresponde às emissões totais de Espanha e França somadas em 2022. Isso mostra que medidas eficazes têm um impacto direto e positivo na luta contra as mudanças climáticas.
Qual é o papel dos municípios e do governo federal?
Dentre as estratégias, destaca-se o envolvimento dos 70 municípios prioritários, que após aderirem ao Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia, receberam investimentos próximos a R$ 800 milhões. Esses recursos alavancaram o desenvolvimento sustentável e contribuíram para os resultados animadores que presenciamos hoje.
Qual foi a influência do Fundo Amazônia?
A reativação do Fundo Amazônia, após anos de paralisação, quadruplicou o investimento efetivo nos últimos anos. Mais recursos foram destinados ao Ibama, Polícia Federal e Corpo de Bombeiros, intensificando as fiscalizações e ações na região. Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, revelou que as ações de fiscalização aumentaram expressivamente, com autos de infração chegando a quase R$ 3 bilhões em multas e milhares de apreensões.
Quais são os programas de incentivo à preservação?
Além dos esforços de fiscalização, o programa Bolsa Verde tem desempenhado um papel importante ao proporcionar recompensas financeiras a mais de 70 mil famílias que atuam na conservação ambiental de áreas de interesse ecológico. Essa iniciativa não apenas apoia a proteção do bioma, mas também incentiva a participação ativa da população rural.
Com a COP 30 se aproximando e Belém como anfitriã, o cenário é de otimismo e expectativas. Com um aumento significativo de investimentos e esforços colaborativos entre governo, organizações e populações locais, a redução de desmatamento na Amazônia não é apenas um objetivo alcançado, mas um compromisso contínuo com o futuro do meio ambiente.
Com informações da Agência Brasil