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BRASIL

Acolhimento correto no luto por bebês previne piora da saúde mental

O luto materno parental, especialmente após a perda de um bebê durante a gestação, ao nascer ou logo após, tem se mostrado uma ferida profunda na saúde emocional das famílias afetadas. A falta de apoio adequado para essas famílias não só amplifica esse so

31/10/2025

31/10/2025

O luto materno parental, especialmente após a perda de um bebê durante a gestação, ao nascer ou logo após, tem se mostrado uma ferida profunda na saúde emocional das famílias afetadas. A falta de apoio adequado para essas famílias não só amplifica esse sofrimento como também exerceu uma carga maior sobre o sistema de saúde já saturado do Brasil, aponta Denise Suguitani, diretora da Prematuridade, uma ONG que há 11 anos acolhe famílias que vivem essa dolorosa realidade.

Segundo Denise, "essas famílias, quando não são acolhidas, geram uma demanda para o sistema do ponto de vista de saúde mental". Essa organização se dedica particularmente a causas neonatais, como o impacto dos casos de prematuridade, uma das principais razões de mortalidade neonatal.

Como a falta de acolhimento impacta a saúde mental das famílias?

As famílias que não recebem o apoio necessário enfrentam dificuldades crescentes para processar o luto, levando a consequências psicológicas que poderiam ser evitadas. Ás vezes, essa carência de acolhimento inicial pode culminar em maiores necessidades de tratamentos médicos e hospitalizações.

Qual é a nova política de humanização do luto materno em vigor?

Lançada recentemente, a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental, embora em vigor, ainda enfrenta desafios, principalmente na disponibilidade de profissionais capacitados. Esse atendimento, idealmente realizado no próprio lar da família enlutada ou na unidade de saúde mais próxima, é essencial para amenizar o sofrimento prolongado.

Quais são os desafios na implementação desta política no Brasil?

Janynnie Matos de Freitas, atuando em Roraima, confirma a dura realidade do país. Recentemente em visita a duas mães enlutadas, Janynnie compartilhou sua experiência sobre a carência de suporte mesmo com a estratégia de saúde da família em vigor. Ela destaca a importância de ampliar o suporte psicológico e social em todo o território nacional.

Acolhimento correto no luto por bebês previne piora da saúde mental
Enfermaria da Maternidade Escola da UFRJ, em Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Como o atendimento humanizado ajuda a reduzir o sofrimento prolongado?

Profissionais de saúde ressaltam que um atendimento humanizado imediato pode minimizar o sofrimento psicológico das famílias. Elementos previstos na nova lei, como a criação de memórias afetivas e o respeito aos ritos de despedida, podem ser fundamentais nesse processo.

Quais medidas a nova lei prevê para otimizar o acolhimento?

Dentre as novas diretrizes, a lei ressalta a separação de alas em maternidades para famílias enlutadas, a presença de acompanhantes sempre, e o direito ao sepultamento ou cremação do bebê, respeitando as crenças particulares de cada família.

O que o governo planeja para garantir a implementação da política?

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assegurou que o ministério adaptaria as maternidades públicas do país para alinhá-las à nova política. Contudo, os investimentos previstos para dar suporte a essa reorganização ainda aguardam confirmação, com o governo afirmando que a implementação "envolve adequações organizacionais, formação de profissionais e integração dos fluxos assistenciais".



Com informações da Agência Brasil

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