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BRASIL

Com Amazônia no centro, preservação florestal terá destaque na COP30

Quando o assunto é preservação ambiental, a Conferência do Clima das Nações Unidas, também conhecida como COP30, surge como um evento de extrema importância. E nesta edição, que será realizada em Belém, no Pará, a discussão ganha um cenário especial: a Fl

03/11/2025

03/11/2025

Quando o assunto é preservação ambiental, a Conferência do Clima das Nações Unidas, também conhecida como COP30, surge como um evento de extrema importância. E nesta edição, que será realizada em Belém, no Pará, a discussão ganha um cenário especial: a Floresta Amazônica. Marcada para a próxima semana, a conferência promete um contato direto dos participantes com a floresta, o que realça ainda mais sua relevância na transformação climática global.

A importância do ecossistema amazônico não pode ser subestimada, seja como regulador do clima global, fonte vital de biodiversidade ou suporte dos modos de vida de povos indígenas e comunidades tradicionais. A especialista em políticas climáticas do Greenpeace Brasil, Anna Carcamo, destaca que esta é uma oportunidade única para discutir a floresta de forma integrada, buscando soluções para o desmatamento até 2030.

Por que o desmatamento e a savanização são preocupantes?

Talvez você já tenha ouvido falar sobre a importância das florestas para a saúde do planeta. Elas não só preservam a biodiversidade, como também regulam o clima e a água e protegem o solo da erosão. No entanto, o desmatamento, especialmente na Amazônia, leva a consequências graves, como a extinção de espécies e a savanização do bioma, afetando o clima global. Anna Carcamo ressalta que o Brasil, junto com outros países, já firmou compromissos para reduzir o desmatamento.

Os desafios são variados e frequentemente ligados à agricultura, pecuária, conflitos territoriais e atividades ilegais, como garimpo. Anna argumenta que o Brasil possui áreas degradadas suficientes para expansão econômica sem afetar a vegetação nativa.

Como a moratória da soja ajuda o meio ambiente?

Uma estratégia que se destaca na proteção ambiental da Amazônia é a moratória da soja. Este acordo multisetorial envolveu grandes compradores comprometendo-se a não adquirir soja de áreas desmatadas após 2008. O resultado? De 2009 a 2022, os municípios monitorados tiveram uma redução impressionante de quase 70% no desmatamento. Este é um exemplo vívido de como é possível conciliar a expansão agrícola com práticas sustentáveis.

Quais são as ações para recuperar áreas degradadas?

A revitalização de áreas degradadas também é crucial e pode ser alcançada com a ajuda da restauração ecológica e de sistemas agroflorestais. Comunidades tradicionais e povos indígenas, como os Apurinã no Amazonas, já estão realizando esse trabalho, transformando terras degradadas em agroflorestas produtivas. Estes projetos não apenas restauram a natureza, mas também promovem o bem-estar socioeconômico das comunidades envolvidas.

Finalmente, não se pode esquecer que a Cúpula de Líderes da COP30 acontece na próxima quinta e sexta-feira. Este encontro é crucial para que os Chefes de Estado e de Governo ajustem as prioridades globais antes das negociações em Belém.

4:24

Com informações da Agência Brasil

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