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BRASIL

De Paris a Belém: conheça as metas e os marcos da agenda climática

Paris, frequentemente chamada de "Cidade Luz", ganhou notoriedade como epicentro do Iluminismo, um movimento que valorizou a razão e o conhecimento. Muitos séculos depois, seu nome ressurgiu com destaque ao ser associado a um marco crucial na agenda climá

06/11/2025

06/11/2025

Paris, frequentemente chamada de "Cidade Luz", ganhou notoriedade como epicentro do Iluminismo, um movimento que valorizou a razão e o conhecimento. Muitos séculos depois, seu nome ressurgiu com destaque ao ser associado a um marco crucial na agenda climática global: o Acordo de Paris, estabelecido em 2015 durante a COP21. Mas você sabe como tudo isso começou e quais foram os passos que nos levaram até lá?

A jornada até Paris teve início no Brasil, especificamente com a ECO92, realizada no Rio de Janeiro. Este evento seminal deu origem à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, atualmente composta por 198 países. Desde então, as Conferências do Clima, conhecidas como COPs, têm sido fundamentais na construção de acordos internacionais. Mas o que veio antes do Acordo de Paris? E por que esses eventos são tão importantes para o futuro do planeta?

O que foi o Protocolo de Kyoto e seu papel na agenda climática?

Em 1997, o Protocolo de Kyoto estabeleceu metas ambiciosas para a redução de gases de efeito estufa. Um dos destaques desse protocolo foi a criação do mercado de carbono, que permitiu que países desenvolvidos compensassem suas emissões ao financiar projetos sustentáveis em nações em desenvolvimento. Às vésperas do novo milênio, outros passos importantes foram tomados, como o Plano de Ação de Bali em 2007 e o Acordo de Copenhague em 2009, que impôs um limite ao aumento da temperatura global para até 2°C.

Quais são as metas centrais do Acordo de Paris?

O Acordo de Paris trouxe uma participação global robusta e foi fundamentado em três metas cruciais:

  • Limitar o aquecimento global a bem menos de 2°C, enquanto busca manter o aumento abaixo de 1,5°C;
  • Fortalecer a adaptação e resiliência frente aos efeitos do clima;
  • E alinhar o financiamento internacional com os objetivos climáticos.

Uma das inovações significativas foi a introdução das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), que são metas climáticas que cada nação define e revisa periodicamente. Além disso, a implementação do Balanço Global, uma revisão feita a cada cinco anos, garante que os progressos sejam monitorados constantemente.

Como as COPs continuaram a avançar após Paris?

O legado de Paris se expandiu através de COPs subsequentes. Em Katowice, foi criado um marco importante conhecido como o “livro de regras”. Glasgow, por sua vez, comprometeu-se a eliminar o desmatamento até 2030. Mais recentemente, no Egito, foi estabelecido o Fundo de Perdas e Danos para apoiar nações mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.

Agora, todas as atenções se voltam para Belém, no Pará, que será a sede da COP30 de 10 a 21 de novembro. Durante este evento, o Brasil apresentará o relatório “De Baku a Belém”, que trará propostas inovadoras para destravar o financiamento climático, garantindo que promessas sejam convertidas em ações concretas.

Fique atento, no próximo episódio, traremos mais detalhes sobre as NDCs e como elas estão moldando o futuro das ações climáticas globais.

*Com sonoplastia de Jailton Sodré.

3:04

Com informações da Agência Brasil

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