NDCs, uma sigla em inglês que pode parecer indecifrável à primeira vista, representa as Contribuições Nacionalmente Determinadas. Mas, por que elas são tão cruciais? Elas são, na verdade, metas que os países estabelecem para ajudar a prevenir um colapso climático global. Cada nação, através das NDCs, compromete-se a determinadas ações para lidar com as mudanças climáticas baseadas em suas capacidades e respeitando suas realidades específicas.
Essas contribuições são a coluna vertebral do Acordo de Paris, um pacto global cujo objetivo é limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C, levando em consideração os níveis pré-Revolução Industrial. Mas como essas metas impactam o nosso dia a dia e o que vai acontecer nos próximos anos?
O que são as NDCs 3.0 e por que elas são importantes?
Retornando a 2015, no cenário da COP21, o Acordo de Paris trouxe uma reviravolta ao integrar todos os países membros da Convenção do Clima. Assim, foi estabelecido um plano de regras para apresentação, acompanhamento e implementação dessas metas, com suporte financeiro aos países em desenvolvimento para enfrentar os desafios climáticos.
Para a Conferência do Clima de Belém, que se estende até 21 de novembro, espera-se que cada país apresente suas NDCs 3.0, uma fase crucial com metas ainda mais progressivas e ambiciosas do que as atuais. Qual será o impacto dessas novas medidas sobre o aquecimento global?
Como as novas NDCs influenciam o desenvolvimento sustentável?
Em um relatório recente do Secretariado da Convenção-Quadro, foram analisadas 64 novas NDCs encaminhadas para 2024 e 2025, abrangendo um terço das emissões globais. O futuro parece promissor: prevê-se uma redução de 17% nas emissões até 2035, embora esse número ainda não atinja a meta de limitar o aquecimento a 1,5°C.
As principais ações? Elas se concentram em estratégias de baixo custo e alto impacto, como reflorestamento, energia solar e redução do desmatamento.
Quais são os resultados previstos e como medi-los?
O Balanço Global oferece uma avaliação detalhada sobre o progresso dos países em suas metas climáticas. Entre os pontos principais para garantir sucesso:
- Triplicar o uso de energias renováveis e dobrar a eficiência energética até 2030
- Iniciar a transição para longe dos combustíveis fósseis
- Estabelecer um Mapa do Caminho para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C
Quais são os riscos das mudanças climáticas para cada país?
A ONU, através do Plano Nacional de Adaptação, guia os países na análise dos riscos climáticos. Até agora, 144 nações já apresentaram seus planos, abordando perigos como secas extremas, inundações e aumento do nível do mar, que afetam diretamente o futuro de seus territórios.
Desafios e futuro da COP de Belém?
Uma das maiores barreiras para implementar essas medidas é o financiamento. A ONU estima que serão necessários cerca de US$ 1,3 trilhão para mitigar a crise climática, uma missão ambiciosa que requer compromisso coletivo e ação rápida.
Em nosso próximo episódio, exploraremos o papel do Brasil como anfitrião da Conferência do Clima e o que isso implica no cenário global. Como você acha que o Brasil pode liderar essa iniciativa?
*Este artigo conta com a sonoplastia de Jailton Sodré.
Com informações da Agência Brasil