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BRASIL

COP30: Ativistas protestam pelo fim dos combustíveis fósseis

Em meio ao cenário pulsante e cheio de expectativas da COP30 em Belém do Pará, ativistas ambientais de países desenvolvidos têm levantado vozes para responsabilizar as nações ricas pela crise climática em curso. Durante um ato público no segundo dia da Co

11/11/2025

11/11/2025

Em meio ao cenário pulsante e cheio de expectativas da COP30 em Belém do Pará, ativistas ambientais de países desenvolvidos têm levantado vozes para responsabilizar as nações ricas pela crise climática em curso. Durante um ato público no segundo dia da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, eles clamaram pelo fim dos combustíveis fósseis - principais vilões do aquecimento global.

Engajada dessa movimentação, Selma de Montgomery, uma arrebatada ativista dinamarquesa, não poupou palavras ao destacar que os países ocidentais ricos têm legado de poluição histórica. Segundo ela: "Nós carregamos a responsabilidade histórica por criar a crise climática que, neste exato momento, está afetando comunidades e países ao redor do mundo que não tiveram participação na criação deste problema. E isso é injusto". Para Selma, essa percepção é um chamado para ações imediatas e efetivas, inclusive financeiras.

Qual o peso da responsabilidade histórica das nações ricas?

Selma não está sozinha. Ela faz parte de um influente grupo de ativistas europeus presentes na COP30. Junto a ela, Carla Reemtsma da Alemanha reforça a mesma mensagem, alertando para a vulnerabilidade dos países que menos contribuíram para a crise climática. "Que garanta que ao longo dos próximos anos, as metas climáticas serão fortalecidas. Que busque o limite de um grau e meio. E que também elimine gradualmente os combustíveis fósseis", defende Carla, ecoando a urgência de ações mais robustas por parte do Norte Global.

Por que Belém do Pará é um palco simbólico para a COP30?

A escolha de Belém, rodeada pela maior floresta tropical do mundo, como sede da COP30, não é meramente geográfica. Para Carla Reemtsma, o local traz à tona a gravidade da situação ambiental da Amazônia. "O que estamos vendo é que estamos chegando perto de um ponto de inflexão..." reflete sobre a floresta que pode deixar de atuar como sumidouro e se tornar um emissor de carbono.

Como as COPs anteriores impactam as expectativas atuais?

A história das COPs, que já soma 29 edições, traz desapontamento, mas também esperança renovada entre os ativistas. Selma de Montgomery é franca: "A COP como está agora não está funcionando. Mas também é o único espaço que temos onde todos os países se reúnem". Para ativistas como ela, o evento permanece um campo crítico de negociação.

Os membros deste movimento internacional alertam, no entanto, contra novos projetos de combustíveis fósseis em contraste com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 grau. Enquanto a pressão por mudanças continua, a incerteza paira: se a COP30 trará resultados concretos ainda é um enigma, mas certo mesmo é a persuasão incansável desses ativistas por um futuro mais verde e justo.



Com informações da Agência Brasil

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