Na última quarta-feira (12), na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), um consórcio global foi revelado com o intuito de transformar dados climáticos em ações concretas. Apresentado pelo ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, o projeto chama a atenção para a poderosa combinação de dados e tecnologia ao destacar o impacto das mudanças climáticas e a potencialidade para ações efetivas.
Implantado lá em Belém, o consórcio integra há seis anos informações de diversas fontes, como provedores de tecnologia, líderes do meio acadêmico, agências das Nações Unidas e países comprometidos. Mas afinal, como tudo isso funciona?
O que torna essa iniciativa do consórcio global inovadora?
Ao invés de criar novos dados climáticos, esse consórcio foca na conversão de diversas fontes públicas de todo o mundo. A ideia é garantir um monitoramento eficiente dos esforços de mitigação e adaptação, analisando mudanças ambientais ao longo do tempo.
Apesar dos benefícios tangíveis, a iniciativa enfrenta obstáculos. Segundo Al Gore, uma fonte potencial de financiamento poderia vir dos trilhões de dólares que governos destinam ao subsídio de combustíveis fósseis. Ele enfatiza: uma preocupação crescente foi o direcionamento do governo de Donald Trump, que instruiu a Agência de Proteção Ambiental dos EUA a interromper a coleta de dados climáticos.
Como o rastreamento climático está impactando cidades ao redor do mundo?
Começando pela capital de Uganda, Kampala, a plataforma Climate Trace já se expandiu para collectar dados de várias outras cidades ao redor do globo. Pelo site Climate Trace, você pode descobrir, por exemplo, que Belém, a anfitriã da COP30, possui três grandes "superemissoras" de gases que contribuem para o efeito estufa. Estas fontes estão dentre as 10% maiores emissoras de partículas poluentes no ar.
Como você pode usar a plataforma Climate Trace?
É bem simples! Basta acessar a plataforma, digitar o nome da sua cidade, e rapidamente você verá quais são os principais poluidores locais e de que maneira estão impactando áreas específicas. Não é uma fonte apenas informativa, mas uma aliada no entendimento do cenário ambiental global.
Com informações da Agência Brasil