Com o lema "A resposta somos nós", a encantadora Baía de Guajará, em Belém, foi o palco de uma barqueata simbólica que marcou a abertura da Cúpula dos Povos. Este evento acontece em paralelo à COP 30 e traz à tona questões cruciais sobre o futuro ambiental do nosso planeta.
No centro deste evento, estava a figura ilustre do Cacique Raoni, líder indígena da etnia Kaiapó. Com a ajuda de um tradutor, ele reafirmou sua oposição a empreendimentos que, segundo ele, destroem o ambiente e os territórios tradicionais do Brasil. Raoni também expressou sua oposição ao projeto Ferrogrão e à perfuração de poços de petróleo na Margem Equatorial, reafirmando seu desejo de levar essas questões ao Presidente Lula durante a COP 30.
Quem participou da barqueata e o que isso representa?
Além das lideranças indígenas, participaram do evento representantes de comunidades quilombolas, trabalhadores sem-terra e sem teto, pescadores e pescadoras. A diversidade desses participantes mostra a união em prol da proteção dos territórios e da justiça climática, defendendo o direito de serem consultados em projetos de grande impacto.
Por que a questão dos grandes empreendimentos preocupa?
Kahamy Ãdetta, líder da Comunidade Kilombo Morada da Paz, destacou a importância de ouvir as vozes das comunidades tradicionais nas tomadas de decisão. Frede Vieira, do Movimento Atingidos por Barragens, relembrou tragédias ambientais como Brumadinho e Mariana para exigir responsabilidade. A socióloga Anne Morais e Benedito Ribeiro também ecoaram essas preocupações, ressaltando o papel das mulheres e de famílias de pescadores na busca por soluções climáticas.
O que vem a seguir na Cúpula dos Povos?
Esta barqueata não foi apenas um protesto, mas o início de uma série de eventos que durarão até domingo, dia 16 de novembro, em Belém. Um grande ato está planejado para sábado, reunindo vários movimentos em prol da justiça climática, rompendo barreiras além da capital paraense e alcançando outras cidades do país. Fique atento aos desdobramentos, pois este é apenas o começo de uma discussão vital para o nosso futuro coletivo.
Com informações da Agência Brasil