Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém, um projeto inovador e essencial para o nosso futuro foi apresentado: o Plano de Ação em Saúde de Belém. Este plano já conta com a adesão de mais de 80 países e organizações, demonstrando a importância global das mudanças propostas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, celebrou essa recepção internacional, mas salientou que o Brasil buscará expandir ainda mais a participação de nações nesse projeto. Segundo ele, ferramentas estratégicas serão empregadas para essa finalidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o plano como uma das principais estratégias para combater as mudanças climáticas, especialmente na área da saúde. Já está programado que o tema seja destaque em um evento paralelo à próxima reunião da OMS.
Por que a saúde está no centro da discussão climática?
De acordo com Padilha, a saúde é um dos setores mais impactados por desastres climáticos. Ele mencionou uma tragédia recente em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, onde tornados destruíram a maioria das unidades de saúde primária, afetando de imediato o atendimento aos gestantes, a vacinação das crianças e o acompanhamento de doenças crônicas.
"Quando você tem tragédias climáticas como essa, a saúde é a face mais dolorida desses impactos. Destruiu cinco das seis unidades de saúde primária de atenção em saúde que existem nessa cidade", explicou Padilha.
Como o Brasil está se preparando para esses desafios?
O Brasil já está à frente com um plano de adaptação que será guiado pelo Plano de Ação em Saúde de Belém. Segundo o ministro, as futuras unidades de saúde deverão ser projetadas para resistirem a situações extremas, assegurando desde a estrutura física até o fornecimento de insumos e água. Um exemplo crítico de falha foi a perda súbita do sistema de informação, essencial para o acesso a medicamentos.
Qual é o impacto global das mudanças climáticas para a saúde?
Um dado alarmante compartilhado pelo ministro foi o registro de mais de 540 mil mortes no ano anterior devidas às ondas de calor extremo em diversas regiões do mundo. Este é um claro sinal de que medidas urgentes são necessárias. O projeto brasileiro é o primeiro a abordar a adaptação climática com um foco específico em saúde.
Na mesma conferência, o Dia da Saúde na COP30 foi liderado por Alexandre Padilha na Zona Azul do Parque da Cidade, reforçando ainda mais a relevância do tema nas discussões globais sobre o clima.
Com informações da Agência Brasil