Em um evento marcante ocorrido nesta quinta-feira (13), a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) foi o palco para o lançamento do Plano de Ação em Saúde de Belém, que já conta com o apoio de representantes de 80 países e organizações. Esse plano ambicioso visa preparar a saúde global para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e foi reconhecido como uma das principais estratégias pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como o Brasil pretende levar o plano ainda mais longe? Bem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está determinado a usar todas as oportunidades e plataformas estratégicas para expandir o alcance do projeto, com o objetivo de alcançar mais nações ao redor do mundo.
Por que a saúde é tão impactada pelas mudanças climáticas?
Desastres climáticos têm a capacidade de desmantelar infraestruturas essenciais rapidamente. No recente episódio em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, tornados destruíram cinco das seis unidades de saúde primária. Isso afetou gravemente a prestação de serviços, como atendimentos a gestantes, vacinação infantil e acompanhamento de doentes crônicos.
"Quando você tem tragédias climáticas como essa, a saúde é a face mais dolorida desses impactos", destacou Padilha, enfatizando a urgência de resiliência na infraestrutura de saúde.
Como o plano de Belém será implementado?
A iniciativa não só planeja reconstruir, mas também fortalecer as unidades de saúde para resistir a eventos climáticos extremos. Desde a estrutura de construção até o abastecimento de insumos, cada elemento será considerado para prevenir futuras tragédias. Padilha menciona que a falta de um sistema de informação, essencial para o acesso a medicamentos, mostrou ser uma das vulnerabilidades críticas durante as recentes destruições.
Quais são os próximos passos para o Plano de Ação em Saúde?
No ano passado, ondas de calor extremo resultaram em mais de 540 mil mortes em várias regiões do mundo. Como parte de um esforço maior, o plano brasileiro é o primeiro a se dedicar exclusivamente à adaptação climática na área da saúde em escala internacional. Um evento paralelo já está programado para a próxima assembleia da OMS, onde o plano de Belém será uma das pautas principais.
Durante o "Dia da Saúde" na COP30, realizado na Zona Azul do Parque da Cidade em Belém, o ministro Padilha reafirmou o compromisso do Brasil em liderar iniciativas globais que combinem saúde pública e mudanças climáticas.
Com informações da Agência Brasil