Na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), realizada nesta sexta-feira (14) em Belém, a transição energética é o centro das discussões. O evento trouxe à tona a Declaração de Belém, uma iniciativa importante do Brasil e Reino Unido para intensificar a industrialização verde. Além disso, o compromisso Belém 4x propõe aumentar significativamente o uso de combustíveis sustentáveis ao longo da próxima década, já contando com o apoio preliminar de cerca de 20 países.
Essa corrente de debates se destaca nesta COP pelo pragmatismo: buscar consensos para efetivar a transição energética, mais do que apenas diagnósticos. Isso marca uma diferença significativa em relação a conferências anteriores.
Qual é o papel dos ministérios nas discussões?
Hoje, durante as mesas redondas ministeriais, os representantes discutem como implementar as resoluções propostas para combustíveis sustentáveis. Estes encontros têm como objetivo traçar estratégias tangíveis, que possam ser aplicadas internacionalmente, para que o compromisso do uso de combustíveis seja uma realidade global ainda nesta década.
Como a questão social se integra a essas discussões climáticas?
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participa de um painel relevante sobre gênero e clima, promovido no espaço do Consórcio Nordeste. Nesse contexto, a importante temática de justiça climática, com ênfase no protagonismo feminino e juvenil contra o racismo ambiental, ganha espaço nas discussões.
Quais avanços surgiram durante a COP30?
Os eventos de sexta-feira são uma continuação das discussões de quinta, que incluíram a adoção do Plano de Ação de Saúde de Belém. Este projeto, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), já conquistou a adesão de 80 signatários.
Outro marco foi a promessa de US$ 300 milhões por parte de uma coalizão de financiadores, composta por mais de 35 filantropias, destinada a acelerar inovações em políticas e pesquisas sobre mudanças climáticas.
Qual é a perspectiva futura da COP30?
Segundo o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, esta edição é vista como a conferência da implementação, finalizando um ciclo essencial desde o Acordo de Paris. Este enfoque em concretizar ações regula o avanço das discussões globais sobre mudança climática, preenchendo a lacuna entre intenção e ação.
*Notícia atualizada às 16h40 para correção de informação: Os corretos propositores da Declaração de Belém são os governos de Brasil e Reino Unido, além da presidência da COP30, UNIDO e The Breakthrough Agenda.
**Com locução de Daniel Ito
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Com informações da Agência Brasil