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BRASIL

Marcha dos Povos pede para ser ouvida pelos negociadores da COP30

Imagine um cenário onde vozes de todo o mundo se unem com um único propósito: garantir que suas histórias e necessidades sejam ouvidas numa das reuniões mais emblemáticas sobre mudanças climáticas do planeta. Foi exatamente isso que aconteceu em Belém, no

15/11/2025

15/11/2025

Imagine um cenário onde vozes de todo o mundo se unem com um único propósito: garantir que suas histórias e necessidades sejam ouvidas numa das reuniões mais emblemáticas sobre mudanças climáticas do planeta. Foi exatamente isso que aconteceu em Belém, no último dia 15 de novembro, durante a Marcha dos Povos pelo Clima, ligada à COP30. Milhares de pessoas caminharam pelas ruas dessa capital amazônica, trazendo em suas mãos faixas, cartazes e uma avalanche de esperança por justiça climática e um futuro melhor.

Os manifestantes levantaram questões cruciais e urgentes para o nosso planeta. Entre suas principais demandas estavam a eliminação do uso de combustíveis fósseis, o fim do apoio financeiro ao agronegócio predatório, e mais ainda, a defesa dos direitos dos povos indígenas e quilombolas no Brasil. Artur Colito, representante do Movimento de Atingidos por Barragens no Pará, deixou claro que as negociações climáticas precisam ouvir os anseios do povo.

Quais são as verdadeiras soluções climáticas?

"As soluções climáticas vêm de quem já defende as florestas", declarou Artur Colito, ecoando os sentimentos de muitos que participaram da marcha. Ele enfatizou que são as comunidades que vivem nos biomas do nosso país que enfrentam diariamente desafios e que precisam ser ouvidas mais do que nunca.

Movimentos como o Movimento Negro Unificado também marcaram presença, destacando que as populações negras, frequentemente as mais afetadas pelas crises climáticas, são as guardiões destas terras ricas em biodiversidade.

Marcha dos Povos pede para ser ouvida pelos negociadores da COP30

O que está em jogo para os quilombolas?

"Aonde tem quilombo não tem garimpo", afirmou um representante do Movimento Negro Unificado. A resistência histórica dos povos quilombolas contra o desmatamento e os interesses econômicos predatórios é um pilar essencial na luta pela preservação do meio ambiente.

Daniele Abreu da comunidade Bandeira Branca destacou os desafios enfrentados pelos quilombolas frente à expansão agropecuária. Seus relatos sobre rios secando e peixes desaparecendo trazem à tona a urgência de repensarmos nosso relacionamento com a natureza.

Como os povos originários estão sendo impactados?

Tanto brasileiros quanto estrangeiros que se identificam como povos originários compareceram à marcha. Taywade Juruna, da comunidade indígena do Pacajaí, alertou que o desenvolvimento econômico sem considerar o meio ambiente já cobra seu preço, com sua comunidade sofrendo as consequências diretas de projetos como a Usina de Belo Monte.

Marcha dos Povos pede para ser ouvida pelos negociadores da COP30

"Nós existimos, resistimos e não queremos mais esses empreendimentos que matam, que destroem o nosso meio ambiente", afirmou Juruna, enfatizando a resistência contínua dos povos indígenas contra a degradação ambiental.

Como a marcha é um reflexo da vontade popular?

Iniciada às 10h no Mercado São Brás, a Marcha dos Povos pelo Clima chegou ao ápice na Aldeia Amazônica, e lá ficou, cercada por discursos, protestos e esperanças renovadas. A participação massiva de mais de mil movimentos sociais torna essa marcha um potente símbolo das demandas populares frente às mudanças climáticas. Não são apenas palavras, mas sim um chamado à ação global, mostrando que cada voz conta na construção do nosso futuro.



Com informações da Agência Brasil

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