Em meio à crescente urgência das mudanças climáticas, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30) destaca-se como um espaço vital para deliberações sobre gestão ambiental e comunitária. As discussões, nesta segunda (17) e terça-feira, na Zona Verde estão centradas nas florestas, oceanos e na biodiversidade. As prioridades incluem também as comunidades indígenas, locais tradicionais, e o papel de crianças, jovens, pequenas e médias empresas nesse cenário desafiador.
Esta edição da conferência reflete os eixos da Agenda da Ação da COP30, especialmente o Pilar de Florestas, Oceanos e Biodiversidade. Na manhã de hoje, a Aliança da Juventude por Governança Energética promoveu um painel crucial para debater a inclusão da juventude na transição energética. Jovens de diferentes estados, principalmente das periferias, se reuniram para discutir desafios, definição de metas e a indispensável conexão com essas comunidades que tantas vezes são deixadas de lado.
Como a juventude pode contribuir para a transição energética?
Um dos temas mais sensíveis abordados foi o racismo, considerado um empecilho significativo para a presença dos jovens negros em espaços de debate. A distinção entre interesse e vontade política nesse contexto foi amplamente discutida. Tema que ressoou profundamente entre os participantes, que buscaram destaque para o papel essencial da comunicação nesta inserção.
Qual é o papel da comunicação na participação jovem nas mudanças climáticas?
A comunicação foi ressaltada como ferramental crítico para inserir a juventude como protagonista. Acesso aos recursos proporcionados pela Política Nacional Aldir Blanc e pela Lei Paulo Gustavo abriram novas frentes para que jovens possam lançar projetos e elaborar mensagens à sociedade sobre a imperatividade da participação coletiva nas mudanças climáticas.
A transição energética pode ser justa sem inclusão?
A inclusão ativa das comunidades afetadas foi defendida como essencial para uma transição energética verdadeiramente justa. Os jovens alertaram que em muitos territórios ainda falta o básico: o próprio acesso à energia. Só então, argumentam, se pode falar em uma transição que seja equitativa e inclusiva para todos.
Com informações da Agência Brasil