Você sabia que quase metade dos candidatos aprovados para a segunda fase do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) está concorrendo a vagas reservadas para grupos minoritários? De um total de 42.499 aprovados, 46,06% são candidatos que se inscreveram nas cotas para pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência (PCD), o que representa 19.577 pessoas.
Na última semana, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgaram os resultados da primeira etapa dessa que é uma importante iniciativa de inclusão no serviço público brasileiro. Quer saber mais sobre como essas cotas estão mudando o cenário dos concursos? Continue lendo e descubra os detalhes.
Quem são os candidatos das cotas do CNU 2025?
No dia 7 de dezembro, os classificados do CNU farão a prova discursiva. Dentre eles:
- 14.651 são candidatos nas cotas para pessoas negras;
- 4.194 são Pessoas com Deficiência (PCD);
- 636 concorrem nas cotas para indígenas;
- 616 para quilombolas.
Vale lembrar que é possível concorrer em mais de uma categoria de cota. A tabela completa por modalidade e bloco temático você pode conferir no link acima.
Tabela com a classificação por modalidade por bloco. Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)
Como as cotas são aplicadas no CNU 2025?
Das 3.652 vagas ofertadas para o concurso, 35% são destinadas a políticas de ações afirmativas. Com 252.596 inscrições homologadas para essas vagas, o concurso cria uma oportunidade sem igual para muitos brasileiros. As vagas se dividem em cotas para pessoas negras, indígenas, quilombolas e PCDs.
Vagas para cargos de baixa oferta recebem um tratamento especial, com sorteios públicos assegurando que a política de cotas seja aplicada de forma justa.
Próximos passos para os classificados nas cotas
Os candidatos que passaram na primeira fase estão sendo convocados a confirmar suas declarações de autodeclaração quanto à etnia ou condição. Segundo os editais publicados no Diário Oficial da União, aqueles que concorrem a vagas para pessoas negras, indígenas e quilombolas precisam validar suas inscrições. Já os candidatos nas cotas para PCDs passarão pelo procedimento de caracterização da deficiência.
Quais são as leis que regulamentam as cotas no CNU?
A Lei nº 15.142/2025 marca uma nova era ao expandir as reservas de vagas, definindo 25% para pessoas negras, 3% para indígenas e 2% para quilombolas nos concursos públicos federais. A reserva para PCDs continua em 5%, como determinado anteriormente pela Lei nº 8.112/1990.
Como foi o pioneirismo do primeiro CNU em ações afirmativas?
Na primeira edição do CNU, a presença das cotas já se fazia sentir. Na época, pessoas negras, indígenas e PCDs compuseram aproximadamente um terço dos aprovados. Isso demonstra como as ações afirmativas têm desempenhado um papel crucial na democratização do acesso a vagas públicas.
O que esperar da próxima fase do concurso unificado?
O segundo CNU, carinhosamente chamado de "Enem dos Concursos", traz 3.652 oportunidades em 32 órgãos federais. Com 3.144 cargos para nível superior e 508 para nível intermediário, as vagas são estrategicamente agrupadas em blocos temáticos, permitindo que candidatos escolham seus cargos dentro de um mesmo bloco. Essa flexibilidade é parte do modelo que se mostrou eficaz na primeira edição do concurso.
Preparar-se para esse passo é crucial. Se desejar saber mais sobre como maximizar suas chances, não hesite em conferir as informações disponíveis e ficar atento aos próximos anúncios.
Com informações da Agência Brasil