A Marcha Global Indígena pelo Clima trouxe mais uma vez a força e a voz dos povos originários às ruas, clamando por justiça e reconhecimento. Realizada na manhã de segunda-feira (17) e convocada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), a manifestação reuniu líderes indígenas de várias partes do mundo, como Suriname e Indonésia. Eles se uniram em busca do reconhecimento e demarcação de terras, reafirmando o papel vital dos territórios no equilíbrio climático.
Quem terminou em frente ao belo Bosque Rodrigues Alves, em Belém, assistiu a momentos de esperança e compromisso: a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e o Secretário-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, receberam as demandas dos manifestantes. Os pedidos principais, além do fim da violência contra os povos indígenas, surgiram como ecos de dias difíceis, após a morte trágica de um guarani-kaiowá em Mato Grosso do Sul.
Como a marcha fortalece a luta indígena?
A marcha reafirma a necessidade de se reconhecer os territórios indígenas não apenas como terras, mas como patrimônios essenciais para enfrentar a crise climática. Os manifestantes destacaram que esses estão no centro das soluções sustentáveis e que sem o devido reconhecimento, a proteção global contra a crise climática fica ameaçada. Marchar é pressionar por esse entendimento global.
O que disseram as lideranças indígenas?
Sônia Guajajara garantiu que, durante a segunda semana de negociações da COP30, sua missão é inserir o reconhecimento dos territórios indígenas como uma estratégia eficaz para a eficiência climática. "Nosso desafio maior é fazer com que os líderes globais compreendam e incluam no texto final esse reconhecimento", declarou Guajajara, enfatizando a urgência do tema.
As promessas do governo aos indígenas
O Secretário-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, foi categórico: "Novas homologações e portarias estão a caminho". Ele garantiu aos presentes que as próximas semanas serão decisivas para o avanço na demarcação dos territórios. "É um reconhecimento à história de vocês", sublinhou, reiterando o compromisso do governo federal com essas demandas.
Qual o impacto do protesto na COP30?
Embora esta marcha simbolize um importante encerramento das atividades dos indígenas na COP30, o impacto dela ecoará em diversas frentes. Com muitos participantes retornando a seus territórios em breve, espera-se que os diálogos iniciados sigam pressionando por ações concretas e visíveis. As lideranças saem confiantes de que suas reivindicações abrem portas para novas discussões e acordos ambientais, com foco no reconhecimento e proteção dos territórios indígenas.
Com informações da Agência Brasil