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ECONOMIA

BC diz que Selic deve ser mantida em 15% por período prolongado

Nos últimos meses, o cenário econômico brasileiro tem sido marcado por pressões inflacionárias que têm ultrapassado as metas estabelecidas. Nessa terça-feira (24), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou uma ata revelando a decisã

24/06/2025

24/06/2025

Nos últimos meses, o cenário econômico brasileiro tem sido marcado por pressões inflacionárias que têm ultrapassado as metas estabelecidas. Nessa terça-feira (24), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou uma ata revelando a decisão de manter a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 15% ao ano por um período prolongado. Essa decisão surge em função da alta demanda e expectativas de inflação acima do desejado. Mas o que isso significa para a economia brasileira?

Com a recente elevação dos juros, passando de 14,75% para 15%, o Copom sinaliza que é momento de analisar cuidadosamente os efeitos da política monetária. A pergunta que persiste é: Será que essa taxa é suficiente para finalmente conter a inflação e atingir a meta desejada?

Por que a inflação está acima da meta?

A inflação tem se mostrado resistente, com níveis que, nas palavras do Copom, estão acima do "valor compatível com o atingimento da meta". Esse comportamento inflacionário justifica uma ação de controle mais rigorosa. No curto prazo, apesar de algumas surpresas positivas no preço dos alimentos, o cenário geral ainda é desafiador.

Diante disso, optar por uma política monetária contracionista é visto como necessário para controlar a demanda e, consequentemente, a inflação. Isso significa que o Banco Central quer desacelerar a economia, usando a Selic como principal ferramenta.

Como a Selic afeta o controle da inflação?

A Selic serve como um balizador para controlar o excesso de consumo e manter a inflação em cheque. No Brasil, a inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que, em maio, foi de 0,26%. A meta estipulada atualmente é de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de até 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Com suas novas regras, o Banco Central agora faz uma avaliação contínua, mês a mês, do comportamento inflacionário em relação à meta e seus limites de tolerância. Essa metodologia busca criar um controle mais dinâmico e adaptativo aos desafios do mercado.

Os riscos e incertezas externas: como o Brasil se prepara?

No cenário internacional, o Copom identifica uma conjuntura de incertezas, principalmente em relação às políticas econômicas dos Estados Unidos e seus efeitos no comércio global. Conflitos na geopolítica, como os no Oriente Médio, também são fatores de preocupação, impactando negativamente os preços do petróleo e, por fim, a economia.

É importante considerar que essas condições externas dificultam a tarefa do Banco Central de calibrar a política monetária doméstica, necessitando de andamentos cautelosos e sensíveis aos desdobramentos internacionais.

Quais são as perspectivas para o crescimento econômico?

Os dados recentes do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro indicam um crescimento pontual, especialmente na agropecuária, um setor menos sensível às flutuações econômicas. No entanto, outros setores mostram sinais de enfraquecimento, mesmo que com algum dinamismo.

Indicadores de comércio e serviços reforçam essa avaliação de crescimento contido, com níveis de confiança ainda baixos entre consumidores e investidores.

O cenário de emprego e crédito mantém esperança?

Apesar dos desafios econômicos, o mercado de trabalho brasileiro tem exibido resiliência com aumento na geração de empregos formais e queda na taxa de desemprego. Essa forte dinâmica promove também um mercado de crédito ativo, sustentando alguma estabilidade econômica.

Qual é a decisão final do Copom e seus efeitos?

A decisão do Copom de elevar a Selic em 0,25 ponto percentual surge da percepção de que a economia ainda demanda ajustes para alcançar a meta de inflação. Essa decisão, marcada por suas "defasagens inerentes", significa que muitos dos efeitos positivos esperados ainda estão por vir.

O que nos resta agora, segundo o Copom, é suspender novos aumentos de juros e monitorar os impactos já iniciados. O grande desafio será identificar se esta política corrente será capaz de trazer a inflação de volta às metas sem comprometer ainda mais o crescimento econômico.



Com informações da Agência Brasil