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ECONOMIA

Dívida pública sobe 2,77% em junho e ultrapassa R$ 7,8 trilhões

Você já ouviu falar sobre a Dívida Pública Federal ultrapassando a barreira dos R$ 7,8 trilhões? Sim, aconteceu! Impulsionada pelos juros e pelo baixo volume de vencimentos de títulos, a Dívida Pública Federal (DPF), segundo dados do Tesouro Nacional, sub

28/07/2025

28/07/2025

Você já ouviu falar sobre a Dívida Pública Federal ultrapassando a barreira dos R$ 7,8 trilhões? Sim, aconteceu! Impulsionada pelos juros e pelo baixo volume de vencimentos de títulos, a Dívida Pública Federal (DPF), segundo dados do Tesouro Nacional, subiu de R$ 7,67 trilhões em maio para R$ 7,883 trilhões no mês passado, um aumento de 2,77%. Mas, apesar desse crescimento impressionante, a dívida segue abaixo do esperado. O Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado em fevereiro, estimava que o estoque da dívida pudesse atingir algo entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões até 2025.

Mas o que realmente está acontecendo com a dívida pública? Como isso afeta você, o seu bolso, e o futuro da economia brasileira? Vamos mergulhar mais fundo nas nuances do aumento recente da dívida pública, tocar em aspectos como a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) e a dívida externa, e ainda entender como as instituições financeiras, fundos de pensão, e investidores estão reagindo a essas mudanças.

Como a dívida pública federal interna impacta a economia?

A Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) teve um aumento de 2,99%, saltando de R$ 7,361 trilhões em maio para R$ 7,581 trilhões em junho. Nesse período, o Tesouro Nacional emitiu R$ 154,62 bilhões em títulos a mais do que resgatou, com um grande foco em papéis prefixados. Essa ação resulta em um aumento da dívida interna, também pela apropriação de R$ 65,13 bilhões em juros.

Especialistas explicam que, com a Taxa Selic em 15% ao ano, a apropriação de juros tem pressionado bastante o endividamento do governo. Todo mês, o governo reconhece a correção dos juros sobre os títulos e incorpora esse valor ao estoque da dívida pública.

Recentemente, o Tesouro emitiu R$ 161,31 bilhões em títulos da DPMFi, enquanto os resgates do mês somaram apenas R$ 6,69 bilhões, um reflexo do baixo volume de vencimentos em junho.

Por que a dívida pública externa caiu em junho?

Interessante notar é que a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve uma queda de 2,28%, indo de R$ 309,17 bilhões em maio para R$ 302,12 bilhões em junho. Essa queda pode ser atribuída à desvalorização quase que súbita do dólar, que caiu 4,41% no mês passado.

Qual o papel do colchão da dívida pública?

Depois de uma redução em maio, o colchão da dívida pública - uma espécie de reserva financeira para tempos de crise ou picos de vencimentos - voltou a subir em junho, passando de R$ 861 bilhões para pouco mais de R$ 1 trilhão, a maior reserva desde julho de 2024. Essa subida foi impulsionada principalmente pela forte emissão líquida no último mês.

Com essa reserva, o governo garante recursos que cobrem 8,44 meses de vencimentos. Olhando para frente, dentro de 12 meses, é esperado que R$ 1,236 trilhão em títulos federais vençam, o que fará esse colchão ser ainda mais relevante.

Como está a composição da dívida pública?

Embora a composição da DPF tenha mudado pouco, houve um leve decréscimo na fatia de títulos corrigidos por índices de preços, passando de 26,64% para 26,45%. Já a participação dos papéis prefixados aumentou, indo de 21,1% para 21,57% entre maio e junho. O PAF indica que esses papéis devem terminar o ano entre 19% e 23%.

É relevante salientar que papéis prefixados trazem previsibilidade, mas em tempos de instabilidade financeira, a emissão pode cair pois investidores exigem juros mais altos, complicando a situação para o governo. A proporção de papéis atrelados à Selic mudou minimamente, mas ainda chama atenção por atrair mais compradores devido ao aumento da Selic.

Quem são os principais detentores da dívida pública?

As instituições financeiras continuam sendo os maiores detentores de Dívida Pública Federal interna, controlando 31,3% do estoque. Na sequência, aparecem os fundos de pensão e os fundos de investimento, com 23,1% e 22,1%, respectivamente.

Embora tenha havido um alívio no mercado externo, a participação de investidores estrangeiros manteve-se praticamente estável, caindo ligeiramente de 9,9% para 9,8% entre maio e junho. Antes, em novembro do ano passado, esse percentual tinha atingido o máximo de 11,2%, o mesmo nível registrado em maio de 2018.

No jogo da dívida pública, o governo brasileiro pega dinheiro emprestado de investidores, comprometendo-se a pagar de volta em alguns anos, com ajustes por Selic, inflação, dólar ou taxas prefixadas. E você, como cidadão brasileiro, faz parte desse grande plano econômico que reflete nas maiores decisões monetárias do país.



Com informações da Agência Brasil

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