Você que possui uma conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), eis a novidade: a distribuição dos quase R$ 13 bilhões de lucro do fundo já foi finalizada neste 29 de julho de 2024. Normalmente, essa distribuição acontece só em agosto, mas a Caixa Econômica Federal decidiu antecipar o processo este ano, deixando muitos trabalhadores bem mais satisfeitos.
Para os curiosos de plantão, o valor de referência usado é o saldo de cada conta no dia 31 de dezembro de 2024. Se você tem mais de uma conta, não se preocupe, haverá crédito proporcional em todas elas. Mas como todo esse processo realmente acontece?
Quais são as regras do cálculo de distribuição de lucros do FGTS?
A fórmula é bem simples. Basta multiplicar o saldo da sua conta em 31 de dezembro do ano passado pelo fator 0,02042919. Traduzindo: a cada R$ 1 mil de saldo que você tem, são adicionados R$ 20,43. Então alguém com um saldo de R$ 2 mil ganha um acréscimo de R$ 40,86; um saldo de R$ 5 mil rende R$ 102,15. Fácil, não?
Perguntas e possíveis dúvidas: como funciona o rendimento do FGTS?
Este ano, o rendimento do FGTS será de 6,05%, superando a inflação oficial de 4,83% (IPCA) em 2024. No entanto, a sua caderneta de poupança pode te ganhar no rendimento, com 6,41%, graças à taxa Selic. Vale lembrar: Quando os juros básicos da economia passam dos 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a TR.
O Supremo Tribunal Federal (STF) interfere no FGTS?
Em 2024, o STF determinou que o fundo precisa ter, pelo menos, uma correção mínima conforme o IPCA. Mas, diferente do que muitos esperavam, essa correção não retroage sobre o estoque das contas. Então, apesar do crédito anual normal de 3% mais a TR, a resolução mais recente não vai mudar saldos antigos. Isso significa que, se a soma dos ajustes e rendimentos cair abaixo da inflação, o Conselho Curador precisa dar um jeito de resolver a diferença para garantir que o FGTS continui atrativo. Acesse a decisão do STF sobre o FGTS.
Leia mais sobre a decisão do Conselho Curador e mantenha-se informado sobre o que afeta suas finanças.
Com informações da Agência Brasil