Os governadores do Consórcio Nordeste estão se mobilizando para uma importante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. No centro da pauta está a preocupante questão do tarifaço sobre as exportações brasileiras anunciado pelos EUA. Esse movimento emergencial busca proteger a economia nordestina e resguardar empregos locais contra os impactos pesados de uma taxação que pode atingir em cheio as cadeias produtivas da região.
Nessa articulação, a APEXBrasil e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) entram como aliados estratégicos. O desafio é grande: alinhar-se ao governo federal e traçar passos firmes para enfrentar a iminente taxação de 50% imposta pelo governo estadunidense, prevista para acontecer já na próxima sexta-feira.
Como o Nordeste será impactado pelas tarifas americanas?
O anúncio das novas tarifas dos Estados Unidos acendeu um sinal de alerta para setores vitais do Nordeste, como fruticultura, apicultura e o setor têxtil. As indústrias calçadista, metalmecânica e automotiva também estão no epicentro desse cenário incerto. "O Nordeste não assistirá passivamente ao impacto dessas medidas", afirmou Rafael Fonteles, presidente do Consórcio Nordeste, destacando a determinação em proteger empregos e empresas locais.
Qual a estratégia do Consórcio Nordeste para enfrentar o desafio?
Os governadores têm dois dias de importantes encontros em Brasília. Na terça-feira, participam do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como Conselhão. Lá, com o presidente Lula comandando a discussão, o grupo busca alternativas para mitigar os prejuízos. À tarde, o foco será na Assembleia Geral do Consórcio, que reforça o compromisso coletivo em defesa das economias regionais.
A articulação com setores governamentais trará resultados?
Na quarta-feira, os encontros continuam no Palácio do Planalto com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Espera-se que dessas reuniões surjam soluções práticas e ações coordenadas para abrir novos mercados e conectar produtos nordestinos a rotas internacionais.
O Consórcio Nordeste já iniciou um mapeamento detalhado dos impactos, visando estimar perdas e identificar setores e empresas mais vulneráveis. Paralelamente, o plano é ampliar a capilaridade das exportações nordestinas e buscar novos negócios no exterior, garantindo, assim, um fôlego às cadeias produtivas afetadas.
Por fim, Fonteles reforça a importância dessa luta: "Defender a economia do Nordeste é defender o Brasil. E é com esse espírito que estamos somando forças". Com essa união, a esperança é que os efeitos deletérios das tarifas sejam atenuados e que novas oportunidades surgem para beneficiar toda a região.
Com informações da Agência Brasil