Você já se perguntou como a Selic, a famosa taxa básica de juros, pode impactar nosso dia a dia? Bem, parece que o Banco Central decidiu dar uma pausa no aumento dos juros, mantendo a Taxa Selic em 15% ao ano. Essa decisão foi unânime e surgiu no momento em que a inflação começou a diminuir e a economia dá sinais de desaceleração.
A expectativa era essa mesmo, conforme o mercado financeiro já havia antecipado. Mas calma, essa decisão não foi sem razões complexas por trás. O cenário global, especialmente com as mudanças nas políticas comerciais dos Estados Unidos, trouxe novas incertezas para os preços. Vamos desvendar juntos o que isso pode significar para a economia brasileira.
Por que o Banco Central decidiu manter a Selic?
Imagine que você está dirigindo em uma estrada cheia de curvas. Às vezes, é preciso desacelerar para não perder o controle, certo? É mais ou menos isso que o Comitê de Política Monetária (Copom) fez ao decidir manter os juros estáveis. O comitê destacou que está atento às movimentações das políticas comerciais dos Estados Unidos, que estão impactando a economia brasileira com a imposição de tarifas.
Por hora, a Selic continua nos 15%, mas o Banco Central deixou claro: se for necessário para manter a estabilidade econômica, a alta nos juros pode retornar.
O que aconteceu com a inflação?
Em junho, o nosso indicador oficial de inflação, o IPCA, caiu para 0,24%, apesar das subidas em preços de alimentos e energia. No entanto, essa não é uma vitória completa; o IPCA-15 de julho trouxe surpresas nada agradáveis, com um aumento puxado pelos preços de energia e passagens aéreas.
Sabe aquele novo modelo de metas de inflação em que o BC persegue um objetivo de 3% com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo? Pois é, estamos no alto da meta acumulada em 12 meses, mas ainda fora dos limites confortáveis.
Como a Selic impacta o crédito e o PIB?
Os juros altos da Selic têm uma função: ajudar a controlar a inflação. Isso ocorre porque quando o crédito fica mais caro, menos pessoas se animam a comprar e produzir, o que supostamente desacelera a economia e controla os preços. Ainda assim, a expectativa do Banco Central para o PIB em 2025 foi revista para um aumento de 2,1%.
O mercado está até mais otimista, projetando uma expansão de 2,23%. Mesmo assim, não podemos esquecer que as taxas altas de empréstimos podem dificultar esse crescimento.
Então, o que esperar daqui para frente?
Por enquanto, a Selic segue como uma arma de dois gumes: controla a inflação, mas pesa no bolso do consumidor e afeta o crescimento econômico. O Banco Central está de olho e diz que não hesitará em ajustar a Selic novamente, caso veja necessidade.
Enquanto isso, analistas do boletim Focus esperam que a inflação feche o ano em 5,09%, acima do teto da meta. Previsões como essas ressaltam a importância de acompanhar essas decisões com atenção e entender como elas nos afetam de várias maneiras.
*Matéria ampliada às 18h52
Com informações da Agência Brasil