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ECONOMIA

China habilita 183 empresas brasileiras a exportar café para o país

Em meio a um cenário de tensões econômicas, a China deu um importante passo ao habilitar 183 novas empresas brasileiras para exportação de café ao seu mercado. Essa abertura se dá em meio à assinatura de um tarifaço por parte dos Estados Unidos, que ofici

03/08/2025

03/08/2025

Em meio a um cenário de tensões econômicas, a China deu um importante passo ao habilitar 183 novas empresas brasileiras para exportação de café ao seu mercado. Essa abertura se dá em meio à assinatura de um tarifaço por parte dos Estados Unidos, que oficializou a taxação dos produtos brasileiros, incluindo o café, em 50%. O anúncio chinês, feito nas redes sociais pela Embaixada da China no Brasil, trouxe um respiro para os produtores nacionais, sendo uma concessão válida por cinco anos a partir de 30 de julho.

Com um crescimento significativo das importações líquidas de café – 13,08 mil toneladas entre 2020 e 2024 –, a China se apresenta como um mercado em expansão para o produto brasileiro. Mesmo com um consumo per capita de apenas 16 xícaras por ano, o país é visto com potencial para aumentar suas compras, buscando aproximar-se da média global de 240 xícaras. "O café vem conquistando espaço no dia a dia dos chineses", como destaca a publicação, um indicativo de que os olhares se voltam com interesse para essa parceria comercial.

Como o café brasileiro pode se beneficiar das exportações para a China?

Com o recente apoio da China, as possibilidades para o café brasileiro se multiplicam. As empresas brasileiras, agora autorizadas a exportar, poderão explorar um mercado em ascensão, conquistando uma fatia importante nessas exportações. Os benefícios são claros: diversificação de mercados e um alívio diante das incertezas geradas pela taxação norte-americana. O apoio da China, sobretudo em tempos onde o café brasileiro enfrenta desafios, mostra-se não apenas estratégico, mas essencial para a sobrevivência e fortalecimento da cadeia produtiva nacional.

Quais são os desafios das novas tarifas dos Estados Unidos?

A medida do governo Trump, que colocou uma pesada tarifa sobre as exportações de café brasileiro para os EUA, configura um obstáculo significativo para as vendas externas. Em 2024, os Estados Unidos importaram aproximadamente 23% do café brasileiro, destacando-se como o maior consumidor desse produto. Essa tarifa, que se aplica principalmente à variedade arábica – ingrediente essencial para a torrefação nos EUA –, força os produtores brasileiros a redirecionarem suas estratégias para mitigar o impacto financeiro. De acordo com estudos do Cepea, da Esalq/USP, a agilidade logística e uma abordagem comercial criativa serão imperativas nesse novo contexto.

O que dizem as autoridades brasileiras sobre essa situação?

Até o momento, nem o Ministério da Agricultura nem o Cecafé se manifestaram diretamente sobre a autorização chinesa. Contudo, analistas indicam que flexibilizar e expandir as exportações para outros mercados é uma prioridade urgente. Paralelamente, o Cecafé mantém diálogo com autoridades norte-americanas para buscar inclusões de exceções na lista de produtos sujeitos à nova tarifa, uma tarefa que demandará articulação internacional intensa e bem-orquestrada.

Qual é o impacto da China e dos Estados Unidos nas exportações brasileiras de café?

Nos primeiros seis meses de 2025, as exportações de café para os Estados Unidos totalizaram cerca de 3,3 milhões de sacas de 60 quilos, enquanto a China importou pouco mais de 529 mil sacas no mesmo período. Isso revela que, embora ainda em menor escala, o mercado chinês é uma alternativa promissora e que pode ser incrementada se bem explorada. O impasse com os Estados Unidos, entretanto, sugere a necessidade imediata de realocar prioridades e fortalecer relações comerciais com outros mercados internacionais.

Lista de produtos não taxados pelos EUA

O cenário atual é uma encruzilhada para o setor cafeeiro brasileiro. Mesmo sem entrar na lista de exceções do tarifaço de Trump, as oportunidades na China podem gerar um fôlego bem-vindo aos exportadores brasileiros. A chave para navegar por esse período será a combinação de estratégia, inovação e rapidez nas adaptações comerciais.



Com informações da Agência Brasil

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