Os minerais críticos e as terras raras podem futuramente se tornar um ponto importante nas negociações tarifárias entre o Brasil e os Estados Unidos. Este é um dos assuntos que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe à tona recentemente, sugerindo a possibilidade de um acordo produtivo com o governo estadunidense.
Em entrevista, Haddad mencionou que os Estados Unidos não possuem em abundância esses minerais essenciais e que o Brasil poderia colaborar na cooperação para desenvolver baterias mais eficientes. A expectativa é que, por meio dessas negociações, ambos os países possam impulsionar suas indústrias tecnológicas e sustentáveis.
Como o Brasil e os Estados Unidos podem se beneficiar desses minerais críticos?
"Temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais. Podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes", declarou Haddad à BandNews, trazendo à tona a possibilidade de o Brasil se tornar um aliado importante na transição energética dos EUA.
Qual o papel dos minerais críticos na tecnologia moderna?
Atualmente, minerais como lítio e nióbio são elementos fundamentais na produção de baterias elétricas e processadores de inteligência artificial (IA). Essa é uma das razões pelas quais o governo brasileiro vem discutindo desde maio um novo marco regulatório para IA e datacenters.
Como o Brasil está preparado para o impacto do tarifaço?
Em resposta ao tarifaço implementado pelo governo Trump, Haddad mencionou que o governo brasileiro finalizou um plano de contingência, que deve ser anunciado em breve. Esse plano incluirá linhas especiais de crédito e suporte para compras governamentais, além de outras medidas destinadas a mitigar os efeitos sobre os setores mais atingidos.
Até onde vão as negociações entre Brasil e EUA?
Haddad não descartou a inclusão de novos produtos na lista de exceções, destacando que as negociações seguirão até que um acordo mutuamente benéfico seja alcançado, mesmo com as condições existentes sendo inaceitáveis para o Brasil.
"Creio que alguma coisa [ampliação da lista de exceções] ainda pode acontecer até o dia 6. Pode acontecer, mas estou dizendo que não trabalhamos com data fatídica..." disse Haddad, enfatizando o compromisso do Brasil em buscar um acordo justo.
No horizonte, setores como o de café já visualizam vantagens, com o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcio Ferreira, mencionando uma chance significativa de suspensão da tarifa elevada para o produto.
Essa movimentação revela como ambos os países podem traçar um caminho que favoreça suas economias, aproximando-se através de recursos que são estratégicos para o futuro tecnológico global.
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Com informações da Agência Brasil