O dólar teve uma queda expressiva, atingindo seu menor valor em quase um mês, enquanto a bolsa de valores deu um salto significativo, aproximando-se dos 133 mil pontos. Este movimento trouxe um certo alívio tanto para os mercados brasileiros quanto internacionais. Mas o que motivou esse cenário de otimismo?
Nesta segunda-feira (4), o dólar comercial fechou a R$ 5,506, um recuo de R$ 0,038, representando uma queda de 0,69%. Por volta das 11h30, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,49, seu ponto mais baixo do dia. Desde 9 de julho, ela não atingia um valor tão baixo, justamente quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. Até este ponto em 2025, a queda acumulada é de 10,91%.
Por que o euro também caiu?
O euro comercial seguiu a mesma tendência de queda, com um recuo de 0,7% e fechando a R$ 6,37, valor mais baixo desde 3 de julho. Esse movimento acompanha o comportamento do dólar e as expectativas no cenário econômico global.
Como está o mercado de ações?
Após dois dias seguidos de baixas, o índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou em alta de 0,4%, atingindo 132.971 pontos. Tal recuperação do mercado de ações foi impulsionada tanto por eventos positivos nas bolsas dos EUA quanto por situações internas específicas. A queda da criação de empregos no Brasil em junho trouxe um certo alívio aos investidores, pois facilita o controle da inflação, potencialmente levando a uma queda nas taxas de juros ainda este ano, segundo o Banco Central.
Quais fatores externos influenciaram essa movimentação?
Internacionalmente, a expectativa de que o Federal Reserve dos EUA reduza as taxas de juros em setembro tem impactado positivamente os mercados. O emprego desacelerou nos Estados Unidos em julho, e a renúncia de uma diretora do Fed, permitindo uma nova nomeação por Trump, aumentou a confiança de que a economia poderá ter fôlego com juros menores.
Esses movimentos no câmbio e nas bolsas ocorrem em um momento sensível para o Brasil, poucas horas antes do anúncio da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, notícia que ainda poderia ter um impacto significativo no mercado.
* com informações da Reuters
Com informações da Agência Brasil