O governo brasileiro está pronto para contra-atacar frente às tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. A medida provisória (MP) com as ações planejadas será enviada ao Palácio do Planalto e promete um alívio especialmente para os pequenos produtores, que são os mais vulneráveis sem alternativas de exportação.
"Será um plano muito detalhado para começar a atender, sobretudo, aqueles que são pequenos e não têm alternativas à exportação para os EUA. A maior preocupação é com o pequeno produtor”, disse o ministro Fernando Haddad ao chegar no ministério.
O governo brasileiro se move rápido para responder ao impacto econômico significativo, buscando proteger sua economia e seus produtores. Mas o que exatamente o Brasil está planejando e como isso nos afeta?
Quais são as medidas do governo brasileiro contra o tarifaço?
Fernando Haddad anunciou que o plano, que inclui medidas de concessão de crédito e aumento nas compras governamentais, está pronto para ser aplicado logo após a aprovação do presidente. "Provavelmente o ato do presidente será uma medida provisória, para entrar em vigor imediatamente”, afirmou o ministro.
O impacto do tarifaço no mercado interno brasileiro
"O Executivo está zelando pelo interesse nacional", assegurou Haddad, destacando a necessidade de uma união nacional que envolva governantes e o setor empresarial para defenderem os interesses do país. Para isso, ele cobra uma postura proativa dos governadores e empresários.
Haddad enfatizou a singular situação vivida pelo Brasil, onde forças políticas internas estariam atuando em Washington contra os interesses nacionais. Ele foi firme ao afirmar que "temos de botar o dedo nessa ferida de uma vez por todas".
O que esperar da reunião com os EUA?
A reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, já está agendada para dia 13. O objetivo é desarmar os ânimos e buscar um entendimento mútuo entre os dois países que compartilham uma longa história de 200 anos de relação.
Como o tarifaço afeta a América do Sul?
Haddad destacou que a taxação prevista, mesmo de 10%, já é inadequada, principalmente para os países da América do Sul, que historicamente têm um relacionamento deficitário com os EUA. O Brasil se posiciona dentro de um bloco econômico, e espera uma consideração equivalente ao seus parceiros Mercosul.
Com informações da Agência Brasil