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ECONOMIA

Com tarifaço, desafio de exportadores é encontrar novos mercados

Preparado para mudanças no cenário de exportações? As tarifas dos Estados Unidos sobre inúmeros produtos brasileiros entraram em vigor na quarta-feira (6), trazendo um misto de desafios e incertezas. Com mais de três mil itens afetados, o impacto corre pe

06/08/2025

06/08/2025

Preparado para mudanças no cenário de exportações? As tarifas dos Estados Unidos sobre inúmeros produtos brasileiros entraram em vigor na quarta-feira (6), trazendo um misto de desafios e incertezas. Com mais de três mil itens afetados, o impacto corre pelas veias do setor produtivo brasileiro, gerando preocupação entre trabalhadores e empresários.

Enquanto medidas rápidas como gestão de estoques ajustados, embarques acelerados e diminuição de produção tomam forma, outra estratégia desponta no horizonte: buscar novos mercados. Contudo, a exploração de outros destinos exportadores não oferece soluções imediatas, exigindo um planejamento detalhado e complexas preparações logísticas e diplomáticas.

Quais são as primeiras reações ao "tarifaço"?

Empresas estão ajustando suas operações para lidar com o impacto imediato. Ações como aumentar a velocidade dos embarques, gerenciar estoques de maneira eficiente e, em alguns casos, reduzir a produção, estão entre as estratégias adotadas rapidamente. No entanto, a verdadeira chave pode residir na exploração de mercados alternativos.

As organizações se preparam para potencializar suas exportações para novos destinos, embora este seja um caminho que não proporciona retornos rápidos. Esse esforço envolve suporte integral do ecossistema público-privado, incluindo entidades como o MDIC, MAPA, ApexBrasil, SEBRAE e associações comerciais.

Como a APEX está ajudando as empresas?

Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, sublinhou em uma coletiva recente o apoio da agência às cerca de 2,6 mil empresas nacionais que exportam para o mercado americano. "Haverá mudanças irreversíveis", enfatizou Viana, indicando que novas estratégias são inevitáveis.

"Setores como o de produtores de mel precisarão receber apoio urgente, pois o único destino de exportação destes pequenos agricultores é hoje os Estados Unidos. Vamos incluí-los nas políticas de apoio", comentou Viana.

A Apex pretende inaugurar um escritório em Washington para facilitar negociações diretas com o governo americano, reforçando a pressão das empresas locais e consolidando estratégias para criar alternativas de mercado.

A Diplomacia pode ser a resposta? O que está sendo feito?

O cenário diplomático também apresenta uma oportunidade para resolver a questão tarifária. Uma redução na lista de produtos taxados, como fez o governo Trump recentemente, mostra alguma maleabilidade na postura americana.

Raphael Jadão, advogado especializado em disputas comerciais, destaca que o Brasil pode usar essa brecha para diversificar suas exportações e reduzir a dependência do mercado norte-americano. "Diálogo e negociações são, certamente, as melhores opções para evitar escalar as tensões comercias", afirma.

Para o Brasil, a dependência de poucos parceiros comerciais é um ponto de alerta. Analisando o volume de exportações, percebe-se que 50% delas concentram-se em cinco países. Essa situação torna desafiadora a busca por substitutos em caso de adversidades.

Quais são os desafios e oportunidades em mercados alternativos?

Procurar novos mercados vai além de simples acordos. Questões culturais, certificações necessárias e burocracias fitossanitárias são parte do pacote. Por exemplo, o mercado muçulmano, que demanda a certificação Halal, é um exemplo de adaptação bem-sucedida por parte do Brasil em sua diversificação de exportação.

Stefânia Ladeira, especialista em comércio exterior, oferece insights sobre como as oportunidades internacionais podem ser exploradas. A personalização das negociações considerando especificidades do produto e da demanda de cada mercado é crítica para o sucesso expansivo, ela destaca.

Por fim, entender acordos comerciais internacionais e táticas tarifárias é crucial nesse jogo. O Brasil apresenta avanços através de acordos de complementação econômica com a China, Japão e outras nações, ajudando a moldar uma rota de exportação mais firme e segura.



Com informações da Agência Brasil

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