Você já se perguntou como o governo brasileiro pretende lidar com seus gastos? Essa é a questão que a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, está enfrentando. Em uma audiência recente na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Tebet traz um novo olhar sobre um tema que muitos consideram polêmico: a revisão de gastos. Para ela, esse processo não deve ser visto com maus olhos, mas sim como um cuidado essencial com o dinheiro público.
"Está na hora da gente tirar esse tabu de falar de spending review, revisão de gastos, como se fosse alguma coisa nefasta. Ao contrário. A gente tem que gastar bem o pouco recurso que a gente tem. Então falar em revisão de gastos, é falar de cuidar bem do dinheiro do povo brasileiro", afirmou a ministra, trazendo uma nova perspectiva sobre o tema ao auditório.
Por que revisar gastos não é necessariamente negativo?
Para quem vê essa revisão com desconfiança, a ministra Tebet argumenta que é, na verdade, um zelo pelo uso eficiente dos recursos disponíveis. Com os gastos públicos sob escrutínio, a ideia é garantir que cada real seja aplicado da melhor forma possível. Segundo Tebet, esse processo de revisão deve ser visto como uma responsabilidade coletiva e essencial para a saúde econômica do país.
Quais são as mudanças propostas para isenções fiscais?
Na sessão, Tebet também destacou a importância de rever os gastos tributários ligados às isenções e renúncias fiscais, que atualmente superam meio trilhão de reais. Essa soma considerável coloca em risco o equilíbrio das contas públicas. A proposta da ministra é iniciar um corte linear de 10% nesses subsídios, visto apenas como um começo, e não como uma solução definitiva.
"Alguns falam em algo como um corte de 10% linear. Eu quero já dizer que isso seria um ponto de partida, não de chegada, isso é absolutamente insuficiente. Não é justiça tributária, mas é o que temos. Então, dá para ser um ponto de partida relevante, mas é preciso depois se debruçar nos números a partir de 2026", declarou Tebet, destacando a necessidade de aprofundar as análises no futuro.
O que esperar do orçamento 2026?
A ministra garantiu que o orçamento para 2026 será finalizado até o final de agosto, em conformidade com o prazo legal. Além disso, mantém-se a meta fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, uma medida que procura trazer estabilidade e confiança nas finanças públicas.
A relevância desse tema é inegável. Com um olhar crítico e cuidadoso sobre como e onde o dinheiro público é gasto, o governo busca maneiras de otimizar recursos, impactar positivamente a economia e, por consequência, a vida dos brasileiros.
Com informações da Agência Brasil