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ECONOMIA

Projeto da Embrapa apoia cultura alimentar em comunidades do Nordeste

Imagine viver em uma comunidade onde a transformação não é apenas uma promessa, mas uma realidade palpável. É isso que Anatália Costa Neto, ou Nat como é carinhosamente chamada, e outras mulheres estão vivenciando no semiárido nordestino. Elas são parte d

24/08/2025

24/08/2025

Imagine viver em uma comunidade onde a transformação não é apenas uma promessa, mas uma realidade palpável. É isso que Anatália Costa Neto, ou Nat como é carinhosamente chamada, e outras mulheres estão vivenciando no semiárido nordestino. Elas são parte do projeto "Paisagens Alimentares", liderado pela Embrapa Alimentos e Territórios Alagoas, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mas o que realmente mudou na vida dessas pessoas?

Nat, a caçula de dez filhos, aprendeu desde cedo a lutar por seus sonhos. Ela começou a trabalhar com apenas 11 anos, ajudando sua mãe a pescar no mangue. Hoje, aos 41 anos, é uma das 14 mulheres que compõem a Associação das Mulheres Empoderadas de Terra Caída, em Indiaroba, Sergipe. Graças ao projeto, além do tradicional artesanato, estas mulheres agora exploram o turismo de base comunitária e até a culinária típica, como o famoso hambúrguer de aratu.

O que realmente mudou com o projeto paisagens alimentares?

Nat foi recentemente laureada com o prêmio Mulher de Negócio na categoria Microempreendedora Individual. Isso não é apenas um título. É um reconhecimento do impacto que o projeto teve em sua vida. Ela aprendeu a calcular o preço de seus produtos, agregando valor e atraindo turistas e moradores locais. “O projeto me fez vender mais”, relata Nat, que agora vê seus hambúrgueres de aratu cruzarem fronteiras em caixinhas de isopor.

Projeto da Embrapa apoia cultura alimentar em comunidades do Nordeste

Como a agricultura familiar está sendo valorizada?

Ana Paula Ferreira, uma das líderes do assentamento Olho D’Água do Casado em Alagoas, também sente o impacto. “É um projeto transformador”, ela confirma. O assentamento não só expandiu suas atividades em agricultura familiar, mas também fortaleceu laços de identidade e pertencimento, revelando aos visitantes a beleza do cotidiano rural.

Por que a visibilidade é importante?

Ana Paula enfatiza a importância da visibilidade para esses produtores. Mostrar o trabalho ao mundo faz com que os visitantes compreendam e valorizem quem realmente cultiva o alimento. “Quando um visitante vem e tem contato com o agricultor, estamos exaltando quem realmente importa”, destaca ela.

Como surgiu o projeto e quais são os objetivos?

Aluísio Goulart Silva, supervisor de inovação da Embrapa, explica que a ideia surgiu em 2018, em articulação com o BID. O foco é a valorização da biodiversidade brasileira, através de estratégias como a conexão entre alimentos locais e turismo comunitário. O grande desafio? Tecer uma rede sustentável e rica em cultura.

Além de dotar as comunidades com conhecimentos técnicos, o projeto provocou um efeito dominó positivo em termos de sustentabilidade e valorização cultural. Foram identificados cinco territórios e seis comunidades em estados como Sergipe e Pernambuco, cada uma com suas particularidades e riquezas culturais.

O que torna essas comunidades tão especiais?

Cada região tem uma história para contar. Em Alagoas, por exemplo, as comunidades desejavam desenvolver o turismo rural, enquanto em Sergipe, as atividades estavam mais ligadas ao artesanato e à pesca artesanal. Já em Pernambuco, o foco é em tradições quilombolas e marisqueiras.

Projeto da Embrapa apoia cultura alimentar em comunidades do Nordeste

Qual é o papel das mulheres nesse cenário?

Um detalhe notável e inspirador é o protagonismo feminino nessas comunidades. As mulheres lideram associações, trilhas turísticas e a produção artesanal, ricas em conhecimento agroecológico local. Elas são a espinha dorsal do projeto.

Além de promover o desenvolvimento territorial, essas mulheres estão escrevendo uma nova história de empoderamento e sustentabilidade no nordeste do Brasil, provando que a tradição pode, sim, ser aliada à inovação.



Com informações da Agência Brasil

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