A inflação de agosto trouxe boas notícias para o bolso dos brasileiros. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que fatores como o desconto na conta de luz, a queda no preço dos alimentos e a gasolina mais barata contribuíram para uma deflação de 0,14% na prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Em outras palavras, o custo de vida finalmente deu um alívio, ficando mais leve para as famílias.
Publicado na terça-feira (26), o estudo destaca a primeira deflação desde julho deste ano. Com isso, o indicador acumulado em 12 meses recuou para 4,95%, mantendo o governo atento à meta de inflação, que busca estabilizar em torno de 3% com certa flexibilidade. Mas o que realmente contribuiu para essa queda nos preços? Descubra nos tópicos a seguir.
Por que a conta de luz diminuiu tanto?
A queda de 4,93% nos preços de energia elétrica foi principal responsável pela redução no grupo habitação, que sofreu um impacto de -1,13% no índice geral. Esse impacto se deve ao Bônus de Itaipu, que proporcionou desconto na conta de luz, beneficiando 80,8 milhões de consumidores. Assim, foi possível compensar a bandeira tarifária vermelha 2, que acrescenta um custo na fatura quando a energia está mais cara.
Quais alimentos estão mais baratos?
O setor de alimentos e bebidas continua sua tendência de queda, registrando uma redução de 0,53% em agosto. Esta foi a terceira deflação consecutiva, originada principalmente do recuo nos preços de itens como manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%), arroz (-3,12%) e carnes (-0,94%). Essa diminuição aliviou a inflação, trazendo impactos em todos os lares ao facilitar o acesso a uma alimentação mais em conta.
Por que a gasolina ficou mais barata?
O segmento de transportes apresentou uma deflação de 0,47%, influenciada pela queda de 1,14% no preço da gasolina – um dos itens com maior peso na cesta de consumo brasileira. Outros combustíveis também seguiram essa tendência de baixa, como o óleo diesel (-0,20%), o gás veicular (-0,25%) e o etanol (-1,98%). Essas reduções contribuíram, com um impacto considerável de -0,06 p.p. no IPCA-15.
O que aconteceu com os outros grupos de produtos e serviços?
- Comunicação caiu 0,17%.
- Despesas pessoais subiram 1,09%.
- Educação aumentou 0,78%.
- Saúde e cuidados pessoais cresceram 0,64%.
- Vestuário teve um pequeno aumento de 0,17%.
- Artigos de residência subiram ligeiramente em 0,03%.
Como o IPCA-15 difere da inflação oficial?
Embora o IPCA-15 e o IPCA compartilhem metodologias similares e sirvam de base para as metas de inflação do governo, diferem principalmente na coleta de dados e cobertura geográfica. O IPCA-15 é um indicador antecipado, com dados coletados de 16 de julho a 14 de agosto para este levantamento, em 11 localidades do país, dando uma visão antecipatória das tendências de inflação no Brasil. Já o IPCA completo inclui mais localidades e fornece uma visão detalhada que será divulgada em 10 de setembro.
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Com informações da Agência Brasil