O aumento do número de contribuintes isentos do pagamento de imposto de renda pretende impulsionar o consumo e o comércio, beneficiando a economia brasileira como um todo. Esta é a expectativa do governo, que prevê que a medida, quando implantada, trará alívio financeiro para mais de 20 milhões de pessoas. A informação foi detalhada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na última quarta-feira (27).
Durante a transmissão, Rui Costa destacou que além dos valores que deixarão de ser arrecadados, a compensação virá através de alíquotas a serem cobradas de milionários. Como resultado, os recursos não arrecadados se transformarão em consumo, movimentando a economia do país através de compras de alimentos, roupas, remédios, entre outros bens essenciais.
Como a ampliação vai impactar o seu dia a dia?
A proposta enviada pelo governo federal ao Congresso amplia para R$ 5 mil a faixa de isenção total do Imposto de Renda, prometida durante a campanha presidencial por Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, estão isentos aqueles com renda mensal de até R$ 2.824. O projeto também prevê desconto parcial para as faixas de renda entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
O governo busca tornar a tributação mais justa, introduzindo uma tributação mínima para altas rendas. Isso afetará 141,4 mil contribuintes, representando 0,13% do total, com uma taxa de até 10% para quem possui rendas superiores a R$ 600 mil anuais.
Qual será a reação do Congresso?
Rui Costa acredita que a proposta será analisada pelo Congresso Nacional a tempo de entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026, apesar das barreiras que a oposição pode levantar. Ele argumenta que é comum a oposição tentar dificultar medidas governamentais, muitas vezes de forma que acaba prejudicando a população.
Respondeu também sobre preocupações de prefeitos em relação a possíveis impactos nas finanças municipais. Afirmou que "essa lógica não faz sentido algum", uma vez que a correção da tabela de IR é uma demanda antiga da população, especialmente da classe média.
Como o governo tem apoiado os estados e municípios?
Além das mudanças no imposto de renda, o governo federal tem proporcionado suporte significativo aos estados. Como exemplo, Rui Costa mencionou os R$ 109 bilhões transferidos ao Rio Grande do Sul em resposta a situações emergenciais, destacando a magnitude dos investimentos federais.
A capital paraense, Belém, que em breve sediará a COP30, também terá investimentos recordes. Isso inclui infraestrutura, como um cabo de conexão de internet que passará por rios da região, estimulando o interesse de empresas dependentes de conectividade de qualidade.
Com informações da Agência Brasil