Você sabia que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), também conhecido como “inflação do aluguel”, voltou a subir após três meses de queda? Pois é! Em agosto, ele fechou com um aumento de 0,36%, conforme anunciou o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) em 28 de agosto. Esse índice é crucial não só para os contratos de aluguel, mas também influencia outras tarifas públicas e serviços.
No mês anterior, em julho, o IGP-M tinha registrado uma queda de -0,77%, seguindo um período de desaceleração nos meses de maio (-0,49%) e junho (-1,67%). Mas o que fez ele voltar a subir em agosto? Quais elementos pesam nessa conta? E como isso impacta o dia a dia? Vem comigo que te conto tudo!
O que impulsionou o IGP-M a subir em agosto?
Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi um dos motores do aumento do IGP-M, com uma alta de 0,43%. Entre as commodities que mais contribuíram estão o minério de ferro, que subiu expressivos 6,76%, a soja em grão, com 3,73%, e a banana, que teve um aumento de 15,03%. Esses números representam 60% da composição total do índice.
Como os consumidores estão sentindo o impacto?
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve uma leve queda de 0,07%, ajudado principalmente pela baixa nos preços das passagens aéreas (queda de 8,56%), tarifa de eletricidade residencial (-1,97%) e gasolina (-0,85%). Essa variação corresponde a 30% do IGP-M. A queda nas tarifas aéreas se deve ao fim das férias escolares, enquanto as reduções na conta de luz vêm do Bônus de Itaipu, que ofereceu descontos significativos na conta final dos consumidores.
Qual o impacto na construção civil?
O terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), subiu 0,70% em agosto. Esse índice mede a inflação no setor de construção, impactando diretamente os custos das obras e, eventualmente, o preço final dos imóveis.
Por que o IGP-M é chamado de "inflação do aluguel"?
Conhecido como "inflação do aluguel", o IGP-M é frequentemente utilizado como base para reajustar contratos de aluguel ao longo de 12 meses. Além de imóveis, ele é usado no ajuste de tarifas públicas e outros serviços essenciais, afetando assim diversas áreas do cotidiano.
A coleta de dados para o cálculo do IGP-M é realizada em várias capitais do Brasil, como Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, durante um período que vai de 21 de julho a 20 de agosto.
Com informações da Agência Brasil