Você sabia que o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, projeta uma impressionante expansão no número de passageiros nos próximos anos? De acordo com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o terminal passará de 18 para 30 milhões de passageiros em apenas três anos. Essa previsão foi anunciada em uma cerimônia que marcou uma nova fase do contrato de concessão do Galeão, um marco estratégico não só para o turismo, mas também para a economia e logística do Brasil.
A repactuação do contrato de concessão é uma estratégia do governo para garantir o equilíbrio econômico das operações. Após enfrentar desafios significativos durante a pandemia de covid-19, quando a Changi Airports International, controladora do terminal junto à Vinci Compass, considerou devolver a concessão, o novo acordo traz um fôlego renovado para o aeroporto, colocando-o como destaque na aviação internacional da América do Sul.
O que muda com o novo contrato de concessão?
A principal mudança no contrato de concessão do Galeão está no modelo de pagamento. Agora, em vez de um valor fixo exorbitante, a concessionária pagará 20% do faturamento bruto do aeroporto. Isso ajuda a ajustar as expectativas financeiras e garante uma flexibilidade que pode atrair novos investimentos. Com essa reestruturação, o governo também estuda uma extensão do prazo de concessão que vai até 2039.
Por que a repactuação é crucial para o Galeão?
O impacto da pandemia fez com que a concessionária buscasse renegociar os termos do contrato com o governo, o que culminou na nova configuração aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e outros órgãos reguladores. Com o novo acordo, o Galeão poderá retomar investimentos e operações, transformando-se em um hub estratégico para voos internacionais, um ponto vital para a infraestrutura aeroportuária do Rio de Janeiro.
Qual o papel da Infraero e o futuro da concessão?
Atualmente, 49% do Galeão ainda é controlado pela Infraero, mas a expectativa é que essa participação seja vendida até março de 2026. A venda está em consulta pública, permitindo que a sociedade participe da elaboração do edital de venda assistida. Interessados não faltam, especialmente agora que o aeroporto é visto como um ativo valioso e estável.
Como o Galeão se compara ao Santos Dumont?
Enquanto o projeto de expansão do Galeão avança, o aeroporto Santos Dumont, também no Rio, mantém restrições operacionais para balancear o fluxo de passageiros na cidade. As restrições impostas visam evitar um esvaziamento do Galeão, garantindo um crescimento paralelo e sustentável para ambos os terminais, sem prejudicar o movimento turístico e a economia local.
Quais são os próximos passos para a Infraero?
Para o futuro, a Infraero parece estar se direcionando para focar em aeroportos regionais, conforme indicou o ministro Costa Filho. Com estudos encomendados para redefinir seu papel institucional, o objetivo é que a estatal se torne um pilar no fortalecimento dos aeroportos regionais do Brasil.
Com informações da Agência Brasil