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ECONOMIA

Vendas do Dia das Crianças devem crescer 1,1% e movimentar R$ 9,96 bi

A tão aguardada data de celebração do Dia das Crianças vai aquecer mais uma vez o comércio brasileiro. De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa é de que as vendas atinjam quase

01/10/2025

01/10/2025

A tão aguardada data de celebração do Dia das Crianças vai aquecer mais uma vez o comércio brasileiro. De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa é de que as vendas atinjam quase R$ 9,96 bilhões, superando levemente o montante do ano passado, que foi de R$ 9,85 bilhões. Se isso acontecer, teremos a melhor marca dos últimos 12 anos, um marco importante para o setor varejista.

Mas, afinal, o que está impulsionando essas vendas? Para você que gosta de entender o movimento econômico do país, um dos fatores é o próprio apelo emocional da data, considerada a terceira mais relevante para o comércio, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. Porém, há obstáculos desafiadores. Os juros altos e a inflação ainda persistem, freando um crescimento mais vigoroso. Mas, como dizem, ainda há esperança e sempre novos produtos para descobrir.

Qual é o peso do setor de vestuário e calçados nessa data?

A CNC divulgou que o setor de vestuário e calçados será responsável por 27% do total das vendas esperadas, alcançando cerca de R$ 2,71 bilhões. Trata-se de um valor considerável, que expressa a preferência dos consumidores por presentear com roupas e acessórios. Logo, se você planeja ir às compras, essa pode ser a hora certa para encontrar boas ofertas e renovar o guarda-roupa dos pequenos.

Expectativa por segmento:

  • Vestuário, calçados e acessórios: R$ 2,71 bilhões
  • Eletroeletrônicos e brinquedos: R$ 2,66 bilhões
  • Farmácias, perfumarias e cosméticos: R$ 2,15 bilhões
  • Móveis e Eletrodomésticos: R$ 1,29 bilhão
  • Hiper e supermercados: R$ 690 milhões
  • Outros segmentos: R$ 45 milhões

Como os juros altos interferem nas vendas?

Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, aponta que, apesar das vendas promissoras, o aumento poderia ser ainda mais expressivo se não fossem os juros elevados e a inflação em níveis altos. Os consumidores enfrentam um dilema ao decidir entre financiar seu presente ou manter a disciplina financeira: "O juro elevado faz o crédito ficar mais caro e força o consumidor a fazer escolhas," comenta Bentes.

Com uma taxa de juros básica, a Selic, estacionada em 15%, fica cada vez mais difícil para os consumidores fazerem compras à crédito sem pensar duas vezes. Esse cenário limita não só o poder de compra, mas também afeta diretamente o comércio, que vê no financiamento uma alternativa à vista das vendas.

O papel do crédito caro e da inadimplência

A CNC destaca que o caro custo do crédito também está associado a um aumento na inadimplência, já que 30,4% das famílias têm contas em atraso. Para o consumidor comum, isso significa maior cautela na hora de gastar.

Mesmo entendendo os dados positivos projetados para o Dia das Crianças, a CNC ressalta que o comércio sofre uma série de retrocessos em meses anteriores, como mostra o IBGE. Essa realidade deve ser levada em consideração ao planejar suas compras.

Por que os preços estão tão altos para o Dia das Crianças?

Os preços dos produtos típicos do Dia das Crianças vêm superando o índice médio de inflação, o IPCA, atingindo um aumento de 8,5% desde o ano passado. Isso se deve, em parte, à inflação de duas casas decimais em itens populares como chocolates e doces. Bentes destaca que produtos como chocolate sofrem influências internacionais que impactam os preços locais.

  • Chocolates: 24,7%
  • Doces: 13,9%
  • Lanche: 10,9%
  • Cinema, teatro e concertos: 10,3%

Entre os itens com menor inflação estão brinquedos e roupas infantis, que você pode ter em mente ao escolher presentes sem comprometer tanto seu orçamento.

Vendas do Dia das Crianças devem crescer 1,1% e movimentar R$ 9,96 bi
Semente de cacau da fábrica de chocolate Filha do Combu, na região metropolitana de Belém. Tânia Rêgo/Agência Brasil



Com informações da Agência Brasil

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