25° 21° | Rio de Janeiro - RJ

Dólar | 5.30

seta de subida seta de descida

Euro | 1.52

seta de subida seta de descida

Peso | 3.20

seta de subida seta de descida

lupa
lupa
lupa
ECONOMIA

Balança comercial registra superávit de US$ 2,99 bi em setembro

A importação de uma plataforma de petróleo de Cingapura impactou de forma significativa o superávit da balança comercial brasileira em setembro. Durante esse mês, o Brasil registrou um superávit de US$ 2,99 bilhões, marcando uma queda acentuada de 41,1% e

06/10/2025

06/10/2025

A importação de uma plataforma de petróleo de Cingapura impactou de forma significativa o superávit da balança comercial brasileira em setembro. Durante esse mês, o Brasil registrou um superávit de US$ 2,99 bilhões, marcando uma queda acentuada de 41,1% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o saldo positivo foi de US$ 5,08 bilhões. Este é o menor superávit registrado para o mês de setembro em uma década.

Divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), esse resultado faz parte de uma performance mais ampla ao longo de 2025. Entre janeiro e setembro, o superávit acumulado totalizou US$ 45,478 bilhões, representando uma queda de 22,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O que explica o recorde nas exportações?

Mesmo com a redução do superávit, as exportações brasileiras alcançaram um recorde em setembro, atingindo US$ 30,53 bilhões, o que corresponde a um aumento de 7,2% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Em contrapartida, as importações somaram US$ 27,541 bilhões, com um crescimento de 17,7%.

Esse desempenho é fruto do aumento de 10,2% no volume de mercadorias exportadas, embora os preços médios tenham caído 2,5% comparando-se a setembro de 2024. Já nas importações, houve um acréscimo de 6,2% no volume de bens adquiridos e um aumento de 1,6% no preço médio.

Quais produtos lideram o crescimento das exportações?

Navegando pelas categorias de produtos, as exportações mostraram um crescimento em:

  • Agropecuária: com milho não moído (+22,5%), soja (+20,2%) e café não torrado (+11%).
  • Indústria extrativa: destaque para pedra, areia e cascalho (+50,3%), óleos brutos de petróleo (+16,6%) e minério de ferro (+3,3%).
  • Indústria de transformação: liderada por ouro não monetário (+94,4%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+55,6%) e veículos automóveis de passageiros (+50%).

Por que as importações aumentaram tanto?

Em contraponto, as importações apresentaram variações significativas, especialmente em:

  • Bens de capital: com um salto de 73,2%, impulsionado pela plataforma de petróleo.
  • Bens intermediários: crescimento de 10,5%.
  • Bens de consumo: aumento de 20,1%, ligado ao crescimento econômico.
  • Combustíveis: tiveram uma queda de 15,2%.

Entre os produtos importados, verificou-se crescimento expressivo na compra de soja (+564,7%) na agropecuária, fertilizantes (+63,5%) na indústria extrativa, e motores e máquinas não elétricos (+63,1%) na indústria de transformação.

Como as revisões do Mdic podem afetar o futuro da balança comercial?

O Mdic revisou suas previsões para a balança comercial de 2025, ajustando o superávit esperado de US$ 50,4 bilhões para US$ 60,9 bilhões. Também elevou a estimativa de exportações de US$ 341,9 bilhões para US$ 344,9 bilhões e reduziu as importações projetadas de US$ 291,5 bilhões para US$ 284 bilhões.

Apesar dessas revisões otimistas, é importante lembrar que estimativas podem variar ao longo do ano. No ano anterior, o superávit registrado foi de US$ 74 bilhões, com o recorde histórico em 2023 de US$ 98,9 bilhões em superávit. Comparativamente, as colocações do Mdic são mais conservadoras que as previsões de analistas de mercado, que pelo boletim Focus do Banco Central, esperam um superávit de US$ 64,4 bilhões para o ano.



Com informações da Agência Brasil

Tags