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ECONOMIA

índice de Gini: desigualdade em metrópoles tem menor nível histórico

Concentração de renda no Brasil atinge menor índice histórico nas metrópoles. Uma notícia certamente impactante: o Índice de Gini de 2024 despencou para seu menor nível de todos os tempos, chegando a 0,534 nas grandes cidades brasileiras. Isso significa u

06/10/2025

06/10/2025

Concentração de renda no Brasil atinge menor índice histórico nas metrópoles. Uma notícia certamente impactante: o Índice de Gini de 2024 despencou para seu menor nível de todos os tempos, chegando a 0,534 nas grandes cidades brasileiras. Isso significa uma melhora considerável na distribuição de renda domiciliar per capita, o que reflete no dia a dia de milhões de brasileiros. Mas, é claro, uma pergunta paira no ar: o que exatamente levou a essa queda significativa?

Elaborado em parceria por órgãos renomados como o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Observatório das Metrópoles, o Boletim Desigualdade nas Metrópoles traz um panorama revelador de nosso cenário econômico. Conversamos com especialistas para entender os motores dessa mudança. André Salata, professor da PUCRS e um dos coordenadores do estudo, explica que o aumento nos ganhos trabalhistas e a valorização do salário mínimo foram fundamentais. No entanto, será que essas conquistas beneficiam a todas as camadas da sociedade de maneira justa?

Qual é a transformação que está acontecendo com a renda dos mais pobres?

Parece que, finalmente, há boas notícias para os brasileiros de baixa renda. Nos últimos anos, mudanças importantes ajudaram na redução da pobreza nas metrópoles. A renda dos 40% mais pobres subiu de R$ 474 em 2021 para impressionantes R$ 670 em 2024. E com isso, a taxa de pobreza nessas regiões também caiu expressivamente: de 31,1% em 2021 para 19,4% no ano passado. Estes são números que falam por si só e vão além das estatísticas frias.

Outra conquista crucial relatada pelo boletim é a retirada de cerca de 9,5 milhões de pessoas da linha da pobreza entre 2021 e 2024. Imagina só: é como se a população inteira de várias cidades grandes juntas tivesse saído de uma condição precarizada!

Por que a desigualdade ainda é um desafio?

Ainda que a concentração de renda tenha diminuído, o panorama não é todo de festas. As disparidades permanecem desafiadoras. Para ilustrar, em 2024, os 10% mais ricos ainda tinham uma renda 15,5 vezes maior do que os 40% mais pobres. Um quadro que, em palavras do próprio Salata, "não há muito o que comemorar ao se olhar apenas a foto atual".

"Se olharmos para a trajetória ao longo dos anos, podemos ser um pouco mais otimistas. Há um movimento de melhoria, com redução da pobreza e aumento da renda média", reflete Salata.

Além disso, mesmo com o progresso, o coeficiente de Gini acima de 0,5 permanece como uma bandeira vermelha, sublinhando a observação de que quase 20% da população nas metrópoles ainda vive em condição de pobreza.

Quais são as perspectivas para o futuro das metrópoles?

Basta andar pelas ruas das grandes cidades brasileiras para sentir na pele os desafios. Mais de 80 milhões de brasileiros vivem nas 20 Regiões Metropolitanas do país, cada região contando sua própria história de desigualdade. "Nosso compromisso inclui a melhoria de vida para todos, principalmente para aqueles na base da pirâmide que enfrentam a desigualdade diariamente", afirma Salata com determinação.

Esses dados de cidades como Manaus, São Paulo e Porto Alegre são um convite à reflexão e à ação para um Brasil mais equitativo. O caminho é longo, mas com passos firmes e constantes, a meta é passar de uma boa fotografia para um filme de bem-estar social.

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Com informações da Agência Brasil

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