A partir de 1º de novembro, as regras para antecipar o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passarão por significativas mudanças. Se você faz parte dos trabalhadores que optaram por essa modalidade, é importante se atualizar sobre restrições que incluem limites no valor e número de parcelas, além de novas exigências de prazo e carência. Fique atento para entender como essas alterações podem impactar suas decisões financeiras.
Aprovada pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia, essa decisão pretende proteger você, trabalhador, de abusos ao contratar empréstimos para antecipar este benefício e, ao mesmo tempo, garantir que o dinheiro chegue diretamente a você em vez de beneficiar o sistema financeiro. Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, destacou que a mudança busca reforçar essa proteção.
Quais são as mudanças no saque-aniversário do FGTS?
O empréstimo, a partir de agora, será limitado entre R$ 100 e R$ 500 por parcela, com um máximo de cinco parcelas nos próximos 12 meses, totalizando até R$ 2,5 mil. E atenção: a partir de novembro de 2026, [novos limites serão aplicados](https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-06/fgts-acaba-segunda-fase-de-pagamento-especial-do-saque-aniversario), reduzindo o número de parcelas para três.
Quantas operações você poderá fazer por ano?
Com as novas regras, será permitida apenas uma operação de antecipação por ano, marcando a diferença da regra anterior, que permitia múltiplas operações simultâneas. Essa mudança afeta diretamente o planejamento financeiro de quem participa do saque-aniversário.
Quando você pode contratar a antecipação?
Agora, existe uma carência de 90 dias após a adesão ao saque-aniversário para efetuar a contratação nas instituições financeiras. Este período é novo e busca diminuir a frequência das antecipações sem planejamento.
Por que essa medida é criticada?
Segundo Luiz Marinho, as novas regras visam proteger os trabalhadores do endividamento excessivo e também garantir a sustentabilidade do FGTS. Ele salienta que o uso do saldo como garantia para empréstimos limita a capacidade de investimento do FGTS e pode levar muitos a uma situação vulnerável, especialmente em casos de demissão. "Se dependesse da minha vontade política, o saque-aniversário já teria sido extinto", afirmou ele, evidenciando a complexidade da questão.
O ministro também chamou a atenção para o uso inadequado dos recursos por alguns, como os gastos com apostas online.
Qual é o impacto econômico dessa decisão?
O governo projeta que, até 2030, R$ 86 bilhões deixarão de ser absorvidos por instituições financeiras, permanecendo com os trabalhadores, o que poderá fortalecer seu poder de compra e poupança. Até o momento, 51% das contas ativas, ou 21,5 milhões de trabalhadores, aderiram à modalidade, movimentando uma quantia significativa desde 2020.
Lembre-se de que ao optar pelo saque-aniversário, você abre mão de sacar o saldo total em caso de demissão sem justa causa, mantendo apenas a multa rescisória de 40%.
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Com informações da Agência Brasil