Em setembro, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), fechou em 0,52%. No acumulado do ano, o índice já soma 3,62%, e a alta nos últimos 12 meses chega a 5,1%. Esses dados essenciais foram divulgados no dia 9 de outubro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tornando-se um ponto central nas discussões econômicas do país.
Mas o que realmente impacta o seu bolso? O INPC é mais do que um mero número; ele serve como base para o reajuste anual de salários em várias categorias e influencia diretamente no cálculo do salário mínimo. Além disso, benefícios como o seguro-desemprego e o teto do INSS também são corrigidos com base nestes números, especificamente nos resultados de dezembro. Portanto, entender esse índice é crucial para compreender como as mudanças econômicas afetam o dia a dia.
Como a inflação afeta o seu salário?
O INPC desempenha um papel vital na definição do salário mínimo. Todo ano, esse índice é utilizado para ajustar salários, refletindo no poder de compra e em como o orçamento familiar será administrado. Você sabia que até mesmo o seguro-desemprego e outros benefícios estão atrelados a esse indicador?
Quais foram os destaques de setembro?
No último mês, entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três registraram deflação:
- Alimentação e bebidas: queda de 0,33%
- Comunicação: recuo de 0,22%
- Artigos de residência: diminuição de 0,45%
Esse comportamento marcou o quarto mês consecutivo de queda nos preços de alimentos e bebidas.
Por que a conta de luz subiu tanto?
A grande vilã foi a habitação, com um aumento de 3,28%, sobretudo devido ao encarecimento da conta de luz (10,57%). Essa alta está associada à devolução do Bônus Itaipu, que havia concedido um desconto significativo em agosto, beneficiando milhões de consumidores. Além disso, a bandeira tarifária vermelha patamar 2 adicionou custos adicionais às contas de luz.
O que é INPC e como se diferencia do IPCA?
Enquanto o INPC mede a inflação para famílias com renda de um a cinco salários mínimos, utilizando o mínimo de R$ 1.518 como base, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abrange lares com renda de até 40 salários mínimos. O IPCA, considerado a inflação oficial, registrou 0,48% em setembro e 5,17% em 12 meses.
A diferença nos índices reside na proporção de gastos. Famílias de menor renda, analisadas pelo INPC, direcionam uma parcela maior de seus orçamentos para alimentação, que compõe cerca de 25% do índice, contra cerca de 21% no IPCA.
O INPC, como destaca o IBGE, visa ajustar o poder de compra dos salários, avaliado pela variação de preços da cesta de consumo da população assalariada de menor renda. A coleta é meticulosamente realizada em várias regiões metropolitanas, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, e Brasília, entre outras.
Com informações da Agência Brasil