20° 19° | Rio de Janeiro - RJ

Dólar | 5.30

seta de subida seta de descida

Euro | 1.52

seta de subida seta de descida

Peso | 3.20

seta de subida seta de descida

lupa
lupa
lupa
ECONOMIA

Censo 2022: nível de ocupação é menor que o registrado em 2010

O nível de ocupação da população brasileira em 2022 atingiu 53,3%, segundo os dados recentes do Censo. Isso indica que mais da metade das pessoas com 14 anos ou mais estava inserida no mercado de trabalho no período da pesquisa. No entanto, esse percentua

09/10/2025

09/10/2025

O nível de ocupação da população brasileira em 2022 atingiu 53,3%, segundo os dados recentes do Censo. Isso indica que mais da metade das pessoas com 14 anos ou mais estava inserida no mercado de trabalho no período da pesquisa. No entanto, esse percentual é um pouco inferior ao registrado no Censo de 2010, que apresentou uma taxa de ocupação de 55,5% para essa faixa etária específica.

Mas o que isso significa para o cenário atual? O analista do IBGE, João Hallack Neto, aponta que em 2010 a economia brasileira estava mais aquecida, enquanto 2022 marcou um período de recuperação pós-pandemia. "Tem um movimento de recuperação em 2022, mas ainda não estava plenamente recuperada a economia", explica. Este cenário pode indicar um novo ciclo econômico surgindo.

Como o emprego variou entre jovens e idosos?

Os dados do Censo, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostraram que 11,1% dos adolescentes entre 14 e 17 anos já estavam no mercado de trabalho durante a pesquisa. Na ponta oposta, 14,9% dos brasileiros com 65 anos ou mais estavam exercendo alguma atividade remunerada, apontando para uma diversidade nas faixas etárias do mercado de trabalho que não pode ser ignorada.

Quais são as tendências salariais no Brasil?

Em termos de renda, os trabalhadores brasileiros recebiam em média R$ 2.851 por mês em 2022. Contudo, 35,3% das pessoas ganhavam, no máximo, um salário mínimo, que à época equivalia a R$ 1.212. Houve um ligeiro aumento nesse aspecto, visto que, em 2010, 36,4% estavam nessa mesma situação.

A maioria dos trabalhadores recebia entre 1 e 5 salários mínimos, com a proporção subindo de 54% para 57% entre 2010 e 2022. Enquanto isso, a parcela da população que ganhava mais de 5 salários mínimos diminuiu de 9,6% para 7,6%.

De onde vem a maior parte da renda das famílias?

O Censo revela que 75,5% da renda domiciliar mensal no Brasil vem do trabalho. Outros 24,5% são provenientes de aposentadorias, pensões, programas sociais do governo e aluguéis. Além disso, a pesquisa demonstrou a relação significativa entre o nível educacional e a remuneração: indivíduos com ensino superior completo ganhavam, em média, R$ 5.796, enquanto aqueles com apenas ensino médio recebiam R$ 2.291 por mês.

Quais mudanças ocorreram no mercado de trabalho?

De 2010 a 2022, a porcentagem de trabalhadores empregados como assalariados caiu para 69,2%. Em contraparte, o trabalho por conta própria subiu para 26,7%. Ainda que a porcentagem de empregadores seja menor, houve um acréscimo de 2,1% para 3,3%. Estas mudanças oferecem um novo panorama sobre o mercado de trabalho brasileiro contemporâneo.

Como o nível de ocupação varia entre as regiões do Brasil?

Diferenças regionais são marcantes: o Sudeste, Centro-Oeste e Sul apresentaram níveis de ocupação acima da média nacional, com o Sul liderando com 60,3%. Já o Norte e o Nordeste ficaram abaixo da média, com 48,4% e 45,6%, respectivamente. Em termos de renda do trabalho, a discrepância também é evidente entre as regiões, refletindo um quadro de desigualdade que ainda requer medidas eficazes para promover uma distribuição mais equitativa.

"Ilustrando a desigualdade disseminada historicamente, 520 municípios apresentaram rendimento nominal abaixo de um salário mínimo", comenta Hallack Neto. Já 19 municípios superaram a marca de quatro salários mínimos. Estes dados revelam as disparidades que persistem e desafiam políticas públicas em busca de uma distribuição de renda mais justa no Brasil.



Com informações da Agência Brasil

Tags