Hoje, a classe média do Brasil teve uma notícia importante: passará a ser beneficiada pelos programas de habitação, segundo anunciou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com essa mudança, uma nova esperança surge para quem ganha mais de R$ 12 mil, já que o modelo de crédito imobiliário foi reformulado para fazer jus à expectativa de moradia digna. Quer entender melhor o que isso significa para você? Continue lendo e descubra todos os detalhes dessa transformação.
Em São Paulo, no evento Incorpora 2025, Lula expressou sua inquietação sobre a necessidade de moradias adequadas para a classe média. Até o momento, trabalhadores como metalúrgicos, bancários e professores não eram contemplados nos principais programas de habitação. "Esses trabalhadores não têm direito a comprar casa, portanto, criamos esse programa pensando neles", declarou Lula, reafirmando seu compromisso com a habitação de qualidade.
Qual é o impacto do novo modelo de crédito imobiliário para a classe média?
A mudança se concentra na reestruturação do uso da poupança, permitindo uma oferta de crédito ampliada e mais acessível. O presidente afirma que agora a classe média poderá escolher não só uma casa maior, mas também a localização, algo que era desafiador anteriormente. "Ele quer morar onde está habituado", enfatizou, destacando a importância de unir questões econômicas com dignidade habitacional.
O que muda com o fim dos depósitos compulsórios?
Uma das grandes novidades é o fim dos depósitos compulsórios no Banco Central, o que libertará mais fundos da poupança para serem usados no setor habitacional. O teto de valor para imóveis financiados através do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) passará de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, ampliando as opções para as famílias.
Com a mudança, a expectativa é que a Caixa Econômica Federal financie 80 mil novas moradias até 2026. Isso é mais um passo em direção ao cumprimento das promessas de campanha de Lula para trazer alternativas de financiamento à classe média.
O que isso significa para o futuro do financiamento imobiliário?
Com a reforma, que prevê uma transição até 2027, as regras de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) serão modernizadas. Isso inclui levar em consideração o uso das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) como ferramentas de captação de mercado.
Com o novo modelo, a ideia é que uma instituição financeira poderá utilizar até a totalidade dos recursos captados em poupança para aplicações livres, desde que 80% dos financiamentos sejam feitos sob as regras do SFH, onde os juros são limitados a 12% ao ano. Essa medida visa aumentar a competitividade entre as instituições e permitir que aquelas que não captam poupança também possam fornecer crédito habitacional em condições equivalentes.
Como será a transição até 2027?
A transição começa ainda este ano e deverá se estender até 2027, quando então o novo modelo estará plenamente vigente. Durante esse tempo, o direcionamento obrigatório de 65% para crédito habitacional será reduzido, com partes dos compulsórios sendo gradualmente reendereçadas para o novo regime, mantendo ao máximo o dinamismo do mercado habitacional brasileiro e progressivamente ampliando as oportunidades para a classe média.
Com informações da Agência Brasil