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Brasília — O gabarito oficial do segundo dia do Enem 2025 confirmou a anulação de três questões da prova após vazamento em live no YouTube. Segundo especialistas, a nota dos candidatos não será afetada graças ao método de correção utilizado, baseado na Teoria de Resposta ao Item (TRI), que garante a manutenção da equidade na avaliação.
Por que questões do Enem 2025 foram anuladas?
Na terça-feira (17), o portal g1 revelou que três questões da prova do Enem 2025 foram divulgadas com antecedência em uma live no YouTube. Diante da repercussão e suspeitas de quebra de sigilo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confirmou a anulação dos seguintes itens:
Fotossíntese: 115 (cinza), 121 (amarela), 132 (verde), 123 (azul)
Grito: 118 (cinza), 115 (amarela), 135 (verde), 132 (azul)
Parcelamento de R$ 60 mil: 172 (cinza), 178 (amarela), 168 (verde), 174 (azul)
A decisão motivou o adiantamento da divulgação do gabarito oficial, que estava previsto para quinta-feira (20), sendo publicado na quarta-feira (18).
A anulação prejudica os candidatos?
Apesar da exclusão de três questões, o desempenho dos participantes não será comprometido. Isso ocorre porque o Enem é corrigido pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), um modelo estatístico que avalia a coerência das respostas dos candidatos, atribuindo pesos variáveis conforme o padrão de acertos.
Segundo Viktor Lemos, diretor geral do Curso Anglo:
“A anulação de três questões dentro de um conjunto de 180 não vai mudar as notas dos candidatos, não vai favorecer um grupo e não vai prejudicar outro grupo. As outras questões mantêm a capacidade de avaliação de proficiência nas diferentes habilidades.”
Como funciona a TRI no Enem?
A TRI é considerada mais justa por:
Detectar acertos por “chute”, premiando quem realmente domina o conteúdo;
Permitir comparações entre edições diferentes do exame;
Gerar notas personalizadas, com precisão em casas decimais.
Assim, ao identificar e anular itens, o Inep redistribui o peso das demais questões, mantendo a confiabilidade da pontuação final.
O que motivou a suspeita de vazamento?
A live foi feita por Edcley Teixeira, autodeclarado estudante de Medicina e criador de um método preditivo com base em questões anteriores. Ele afirma ter usado como base o Prêmio CAPES Talento Universitário, cujas questões seriam semelhantes às do Enem — embora o Inep nunca tenha confirmado ligação entre os exames.
“Desenvolvi um método de algoritmo que dá a resposta de qualquer questão. Entendi a lógica do Enem e consegui prever as questões”, declarou - Edcley.
Diante do caso, o Inep acionou a Polícia Federal para investigar possível quebra de confidencialidade e má-fé na divulgação de conteúdo sigiloso.
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fonte:https://www.gov.br/inep/pt-br