Imagine vencer quatro vezes consecutivas uma competição internacional, cada vez superando desafios e provações pessoais. É exatamente essa a história de Thalita Simplício, uma atleta potiguar que se destacou nesta segunda-feira (29) ao conquistar o tetracampeonato na prova dos 400 metros T11, voltada para deficientes visuais, no Mundial de Atletismo Paralímpico em Nova Déli, Índia.
Thalita, diagnosticada com glaucoma, cruzou a linha de chegada em 59s76, continuando sua sequência vitoriosa que inclui triunfos em Kobe 2024, Paris 2023 e Dubai 2019. Após a vitória, ela compartilhou: "Para quem me acompanha de perto, sabe que não só a medalha, mas o fato de estar aqui já diz muita coisa sobre o meu caráter. Esse ano está bem difícil mentalmente. [...] Agora, até 2028, tenho um tempo para colocar a ‘caixinha’ em ordem. Está bem desorganizada. Eu preciso de férias. A medalha vai servir para organizar o que está bagunçado.”
Quais outras conquistas o Brasil alcançou junto ao feito de Thalita?
Além do brilhantismo de Thalita nos 400 metros T11, o Brasil também brilhou com mais duas medalhas de prata nesta segunda-feira. A potiguar Maria Clara Augusto mostrou talento nos 100 metros T47, e o paulista André Rocha fez uma excelente performance no lançamento de disco F52.
Como está o Brasil no quadro geral de medalhas?
A delegação brasileira está em uma emocionante corrida com a China pela liderança do quadro geral de medalhas. Com as recentes conquistas, o Brasil acumula um total de 13 pódios: quatro ouros, sete pratas e dois bronzes. A China possui números próximos, somando quatro ouros, sete pratas e três bronzes.
A narrativa de superação e glória de Thalita Simplício nos mostra mais uma vez a força dos atletas paralímpicos e como, além dos pódios, esses eventos são sobre histórias de resiliência e conquistas pessoais. Expressando uma realidade bem distante para muitos, ela ainda encontra espaço para pensar no futuro enquanto continua a enriquecer a história do esporte brasileiro.
Com informações da Agência Brasil