Você já imaginou viver uma situação de extrema fome? Essa é a realidade devastadora enfrentada pelos palestinos na Faixa de Gaza, onde a segurança alimentar chegou ao nível mais crítico: o patamar 5. A catástrofe humanitária que se desenrola nesse território é documentada em um relatório alarmante da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Mas, o que exatamente isso significa para as vidas de milhares de pessoas? E, mais importante, quais são os desdobramentos dessa situação no cenário internacional?
O relatório da FAO não poupa palavras: a população na Faixa de Gaza está experimentando uma fome generalizada. Isso se traduz em falta extrema de alimentos, desnutrição aguda grave que afeta principalmente as crianças, e uma taxa de mortalidade elevada. Essa tragédia alimentar vai além das estatísticas de guerra, pois contabiliza as mortes causadas somente pela desnutrição e doenças relacionadas, desvelando uma realidade cruel e urgente.
O que estão fazendo os aliados históricos de Israel?
Mesmo diante de imagens aterradoras, Israel mantém sua posição de que não há fome em Gaza. No entanto, essa política encontrou resistência, inclusive entre seus aliados de longa data. Recentemente, a França deu um passo ousado ao anunciar que reconhecerá oficialmente o Estado Palestino, defendendo a ideia da coexistência pacífica de dois estados — Israel e Palestina. Mas as pressões não param por aí.
Como o Reino Unido está reagindo à crise em Gaza?
Em mais um movimento significativo, o Reino Unido revelou suas intenções de também reconhecer o Estado Palestino, dependendo do curso das ações israelenses. No cenário de uma conferência da ONU em Nova Iorque, o ministro das Relações Exteriores britânico deixou claro que se Israel não interromper a guerra e não aliviar a crise humanitária em Gaza, a Assembleia Geral das Nações Unidas, prevista para setembro, verá o Reino Unido tomar essa medida histórica.
Esse contexto tem gerado uma onda de reconhecimentos ao redor do globo. Atualmente, dos 193 estados-membros da ONU, 144 — incluindo o Brasil — reconhecem a Palestina como Estado. Contudo, gigantes como Estados Unidos, Canadá, Austrália e muitos países europeus ainda não deram esse passo.
Com informações da agência Reuters
Com informações da Agência Brasil
