Imagine enfrentar uma barreira comercial que ameaça o seu negócio com tarifas imensas. **Geraldo Alckmin**, vice-presidente da República, trouxe uma luz no fim do túnel nesta segunda-feira (4). O governo federal está elaborando um plano de contingência para mitigar o impacto desse tarifaço imposto pelos **Estados Unidos** sobre produtos brasileiros. As soluções em pauta incluem concessão de crédito às empresas afetadas e um aumento nas compras governamentais.
A decisão dos EUA de impor uma taxa de 50% sobre determinadas importações brasileiras acendeu o sinal de alerta no Brasil. Durante uma coletiva, Alckmin revelou que o conselho de ministros da **CAMEX**, a Câmara de Comércio Exterior, aprovou iniciar uma consulta formal à **OMC** – um gesto assertivo em direção à defesa dos interesses do Brasil no comércio global.
"Conselho de ministros da CAMEX aprovou o Brasil entrar com a consulta na OMC. Aí o presidente **Lula** agora vai decidir como fazê-lo. Estamos desde março negociando com os Estados Unidos. Claro que, por nós, não teria nenhuma taxação de 50%. Até porque não se justifica".
O que motivou essa ação contra os EUA?
A resposta para as tarifas impostas por **Donald Trump** se destaca como uma prioridade para o governo. Alckmin destacou que a escolha de apelar à OMC ou não está nas mãos do presidente Lula. Além disso, há um foco em proteger setores vulneráveis, como o agronegócio, fortemente atingidos pelas barreiras.
Quais medidas o governo está considerando?
Alckmin mencionou diversas frentes de atuação. A **Apex Brasil** visa abrir novos mercados, especialmente com a **União Europeia** e o **Reino Unido**. Esforços estão sendo feitos para reverter bloqueios sanitários do passado. Além disso, estreia o **Acredita Exportação**, um incentivo econômico que promete devolver 3% do valor exportado às micro e pequenas empresas, oferecendo assim um fôlego ao empreendedor brasileiro.
Qual é a posição do Brasil na OMC?
O Ministério das Relações Exteriores planeja argumentar que as medidas adotadas por Trump não só prejudicam o comércio bilateral, mas colocam em risco a arquitetura internacional de comércio ao violar obrigações estabelecidas com a OMC. A falta de justificativas técnicas para tal barreira tarifária aparece como um ponto crucial na defesa brasileira.
Em tempos de incerteza, a busca por novos mercados e a reta final do mecanismo de consulta na OMC podem redesenhar o cenário econômico. Acompanhe os desdobramentos dessa situação que promete mexer com o tabuleiro do comércio internacional.
Com informações da Agência Brasil